Cursos livres estão confusos sobre retomada das aulas presenciais

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Cursos livres estão confusos sobre retomada das aulas presenciais

Proprietários de cursos livres estão confusos com relação ao decreto municipal 34.357/20, de 17 de março, no que diz respeito a liberação ou não das aulas presenciais. Segundo eles, não está explícita a proibição da retomada das atividades para os cursos livres, sendo assim, eles não entendem o motivo que levou a Vigilância Sanitária do município a autuar alguns deles, que haviam voltado a atender os alunos de forma presencial. A diretora do Fisk Araucária, Carla Arieta, disse que o decreto tem uma interpretação confusa, uma vez que encara os cursos livres como escola, o que não é correto. Um curso livre é um curso de menor duração, focado em um aprendizado pontual para qualificação profissional ou pessoal em alguma área específica. “Mesmo assim, o Fisk decidiu acatar essa decisão do município e retornar com os cursos presenciais somente quando as escolas voltarem. Mesmo porque, a maioria dos pais ainda não está confortável para essa volta. Vamos manter o ensino online, todos aceitaram a nova proposta. Estamos nesse modelo desde que começou a pandemia, não paramos um dia sequer, e tem dado certo. As aulas online ao vivo mantêm a mesma qualidade e entrega de serviços aos alunos”, explicou.

Adriana Gotfrid, proprietária da Casinha do Saber, também disse que ficou com dúvidas se pode ou não retornar com os cursos presenciais. “Retomamos algumas aulas, mas a Vigilância Sanitária esteve aqui, porque alguém denunciou, confundindo a Casinha com uma escola, mas aproveitaram a visita para dizer que eu não poderia abrir”, comentou. Segundo ela, a maioria das aulas continua online, apenas o curso de violão está sendo presencial. Antes até divulgamos as aulas de reforço escolar, mas a procura foi pouca. Em março, quando paramos, tínhamos 130 alunos, hoje temos 3. Eu até comecei a divulgar, porque vi que outras instituições do mesmo segmento atendendo normalmente, como escolas de inglês, culinária, informática, e até de reforço escolar. Se eu não puder abrir tudo bem, eu fecho, nem que isso seja definitivo, pois sem entrada, não consigo mais pagar aluguel. Mas acho que a regra deve valer para todos”, comentou.

A Prefeitura de Araucária, por meio da Vigilância Sanitária, esclareceu que não há motivos para confusão, já que todos os estabelecimentos com qualquer tipo de atividade de ensino estão com atividades suspensas desde o dia 23/03/2020, por período indeterminado, conforme determina o artigo 6º do decreto 34.357/20, de 17 de março de 2020. A mesma lógica vale para escolas e CMEIs

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1226 – 20/08/2020

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