De olho

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Nunca o raio de atuação do Ministério Público foi tão amplo em Araucária. Nos últimos anos vimos os promotores locais navegarem por mares nunca antes explorados por estas bandas. Resultado: operações Fim de Feira e Sinecuras e quase a totalidade dos grandes políticos araucarienses sendo acusados de práticas incompatíveis ao que autoriza a legislação brasileira e aquelas ensinadas como certas por textos sagrados como a Bíblia, o Corão e outros.

Obviamente, como sabemos, o trabalho do MP não se encerrou com a deflagração dessas operações. Mais do que isso, não se resume agora a acompanhar o andamento das dezenas de ações penais desdobradas desses acontecimentos. O trabalho do MP é contínuo e volta e meia, digamos assim, inovador, ainda mais numa cidade como Araucária, que no passado pouco viu tão importante órgão atuar na mais importante das searas, que é a defesa do patrimônio público. Afinal, é a prestação inadequada dos serviços públicos a principal razão da trabalheira que promotores têm em outras áreas, como violação de direitos de crianças e adolescentes, crimes contra a vida e patrimônio, meio ambiente e assim por diante.

Justamente por isso é alentador ver os olhos do Ministério Público voltados também para acompanhar empresas e empreiteiros que participam de licitações e, quando as vencem, pouco se preocupam em prestar um serviço de forma célere e/ou de qualidade, crente de que é possível ir enrolando o que é pago com o erário.

Obviamente, não estamos a afirmar que todas as empresas que prestam serviço ao poder público são ruins e/ou mal intencionadas. Muito pelo contrário. Há muita gente boa e extremamente correta nesse meio. E são estas empresas sérias as que também ganham quando órgãos como o MP coíbem quem suja o mercado. Há que se destacar também que o mero fato de estar sendo objeto de algum tipo de apuração não torna essa ou aquela empresa ruim. É preciso sempre aguardar os desdobramentos dos trabalhos dos setores competentes para entender, ao final, se estávamos diante de um crime, de um erro sem dolo ou simplesmente de um equívoco. Boa leitura.

Publicado na edição 1201 – 27/02/2020

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