Descortinando a Depressão

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Os sentimentos de tristeza e alegria colorem o fundo afetivo da vida psíquica normal. A tristeza constitui-se na resposta humana universal às situações de perda, derrota, desapontamento e outras adversidades. Constitui-se em sinal de alerta, para os demais, de que a pessoa está precisando de ajuda.

Como exemplo, têm-se as reações de luto, que se estabelecem em resposta à perda de pessoas queridas e sentimento de profunda tristeza, inquietude entre outros. No luto normal a pessoa usualmente preserva certos interesses e reage positivamente ao ambiente, quando devidamente estimulada, sem inibição psicomotora característica dos estados melancólicos. Os sentimentos de culpa, no luto, limitam-se a não ter feito todo o possível para auxiliar a pessoa que morreu.

Embora a característica mais típica dos estados depressivos seja o sentimento de tristeza ou vazio, nem todos os pacientes relatam a sensação subjetiva de tristeza. Muitos referem perda da capacidade de experimentar prazer nas atividades em geral associado à sensação de fadiga ou perda de energia, cansaço exagerado, lentificação ou retardo psicomotor.

É comum relatos que tudo lhes parece fútil ou sem real importância. Acreditam que perderam, de forma irreversível, a capacidade de sentir alegria ou prazer na vida. Tudo lhes parece vazio e sem graça, o mundo é visto “sem cores”, sem matizes de alegria. Em crianças e adolescentes, sobretudo, o humor pode ser irritável, ou “rabugento”, ao invés de triste. Certos pacientes mostram-se antes “apáticos” do que tristes, referindo-se muitas vezes ao “sentimento da falta de sentimentos”. Constatam, por exemplo, já não se emocionarem com a chegada dos netos ou com o sofrimento de um ente querido e assim por diante. O deprimido, com frequência, julga-se um peso para os familiares e amigos, muitas vezes invocando a morte para aliviar os que o assistem na doença.

São freqüentes e temíveis as ideias de suicídio. As motivações para tal incluem perceber quaisquer dificuldades como obstáculos definitivos e intransponíveis, tendência a superestimar as perdas sofridas e ainda o intenso desejo de pôr fim a um estado emocional extremamente penoso e tido como interminável.

• Fadiga ou sensação de perda de energia, mesmo sem esforço físico, e as tarefas mais leves parecem exigir esforço substancial. Lentifica-se o tempo para a execução das tarefas.

• Diminuição da capacidade de pensar, de se concentrar ou de tomar decisões. Crianças e adolescentes têm queda em seus rendimentos escolares, geralmente em função de fadiga e déficit atencional, além do desinteresse generalizado.

• alterações do sono são frequentes, podendo ocorrer também hipersonolência.

Muitas vezes a pessoa precisa esforçar-se para comer ou ser ajudada por terceiros a se alimentar. As crianças podem, pela inapetência, não ter o esperado ganho de peso no tempo correspondente. Pode ocorrer aumento do apetite, que se mostra caracteristicamente aguçado por carboidratos e doces.

• Redução do interesse sexual

• Retraimento social

Queixas dolorosas (cefaleia, dores vagas no tórax, abdômem, ombros, região lombar, etc.).

Há aquelas formas de depressão onde ocorrem delírios e alucinações. Admite-se que essas formas cheguem a 15% dos quadros depressivos. São comuns delírios de culpa, de punição merecida, delírios de ruína, de perseguição e delírios de estar sendo controlado dentre outros.

Há ainda situações em que o humor é cronicamente deprimido, (distimia) sofrem por não sentir prazer nas atividades habituais e perceberem suas vidas uma espécie de morosidade irritável.

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