Desrespeito!

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A greve geral dos profissionais que atuam nos colégios estaduais do Paraná é mais uma prova de como a Educação é tratada com desrespeito pelo Governo do Estado. Particularmente, como já disse em outras oportunidades, não sou favorável à greve no serviço público, mas – admito – não consigo ser contra ao levante do momento na esfera estadual.

Digo isso porque, ao contrário de versões municipais de movimentos grevistas recentes da mesma categoria, o que estamos vendo o Governo do Estado promover é um verdadeiro desmonte da Educação pública sob sua responsabilidade. Ora, como não acolher a reivindicação de um profissional contratado de maneira precária, por meio de um processo de seleção simplificada (PSS), que está com seu salário atrasado? Como aceitar que um educador tenha seu direito ao terço de férias simplesmente parcelado sem qualquer tipo de negociação prévia? O Estado não pode fazer isso. E os compromissos assumidos por esses profissionais com esse dinheiro? Como explicar para o emissor de um boleto que o governador decidiu parcelar seu terço de férias em três vezes e que por esta razão só tenho o dinheiro para pagar um terço da fatura?

Do mesmo modo, como não pensar em cruzar os braços diante da informação de que recursos como o do fundo rotativo não foram pagos nos períodos certos, o que impede que as direções desses estabelecimentos executem manutenções básicas em suas estruturas? Como não pensar em piquete ao saber que o Governo do Estado autorizou a contratação de novos professores somente poucos dias antes do início do ano letivo? Como não se mobilizar ao saber dos relatos de que turmas foram fechadas Paraná afora e que os remanejamentos promovidos pela SEED precarizaram ainda mais esses colégios?

E, penso eu, o pior disso tudo é o fato de que não estamos falando de um Governo que iniciou a administração do Estado há poucos dias, que foi surpreendido pelos atos de seu antecessor ou algo assim. O governo que tomou posse em 1º de janeiro é o mesmo que entregou o comando em 31 de dezembro.

O governador Beto Richa (PSDB) não pode simplesmente dizer que não sabia de todas as dificuldades financeiras que o Governo do Estado está passando. Afinal, ele era o mandachuva nos últimos quatro anos. Se não conseguiu resolver o problema nesse período ou, no mínimo, implantar um plano para resolvê-lo, a incompetência é dele. Agora, ele não pode querer vir penalizar uma classe que – em nível estadual – já não é das mais valorizadas quando o assunto é política salarial e condições de trabalho, como é o caso dos profissionais da Educação.

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