É tempo de transição!

Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

Uma das questões pós-eleições que sempre prejudicou Araucária é a tal da transição de governo. Parte dessa culpa é dos políticos que parecem não entender que o governo não lhes pertence, teimando em se agarrar ao cargo e a informações que numa democracia plena seriam sempre públicas. Outra parte da culpa é da própria regra do processo eleitoral que permite que a votação aconteça sem que todos os pormenores jurídicos dos candidatos estejam resolvidos.

Foi assim, por exemplo, em 2008 e 2012 quando, apurados os votos ainda precisamos aguardar até dezembro para ver se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se posicionaria favorável ou não aos vencedores nas urnas, sendo que isso acabava por impedir que a transição fosse feita de maneira adequada. Agora em 2016, no entanto, felizmente, não há discussão quanto à elegibilidade do eleito. Hissam Hussein Dehaini (PPS) é o verncedor e isto não mudará. Será ele o prefeito em 1º de janeiro de 2017. Logo, não há razões que possam ser argüidas, pelo menos à luz do dia, que impeça que a preparação para o novo governo seja feita.

Esta transição, diga-se de passagem, mais até do que um direito do eleito é uma demonstração de urbanidade, respeito para com as urnas e maturidade do governo vigente e, se tivermos mesmo diante de uma administração séria, isso não será negado a Hissam. É importante ainda que essa preparação se dê de maneira transparente para que a população araucariense não seja prejudicada e nem tenha que ouvir daquele que assumir em 1º de janeiro as desculpas de sempre na eventualidade de algo não sair como o planejado.

A mudança de governo é o mesmo que trocar a roda de um carro com ele em movimento. Sim, porque não há como pararmos todos os serviços de uma cidade para que saia um prefeito e entre outro. Numa escala menor, não há como pararmos as atividades de uma secretaria até que o novo secretário assuma o posto. Justamente por isso é essencial que a transição aconteça de maneira harmoniosa, mesmo que o período eleitoral tenha deixado feridas abertas que ainda levarão algum tempo para cicatrizarem. Afinal, o cidadão comum, aquele que precisa de uma consulta na unidade de pronto atendimento, que precisa da coleta de lixo, acionar a Guarda Municipal e assim por diante, não pode ser prejudicado.

Espera-se então que o governo atual se abra a transição, permita que o eleito tenha acesso aos dados orçamentários e financeiros da Prefeitura, bem como contratos que estão por vencer, principalmente aqueles de serviços de natureza contínua e, do mesmo modo, deseja-se que a administração vindoura não confunda a transição como uma autorização para ir à forra com os derrotados nas urnas. Se conseguirmos tal equilíbrio neste momento de transição, tenham certeza, quem sairá ganhando não é nem quem está nem quem virá e sim a população.

Comentários são bem vindos em www.opopularpr.com.br. Até uma próxima

Compartilhar
PUBLICIDADE