É um começo

Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

O avanço tecnológico tem trazido infinitas oportunidades para a humanidade. A cada dia coisas impensáveis há bem poucos anos tornam-se rotina. Não faz muito tempo, por exemplo, era coisa de filmes de ficção, daqueles de agente secreto, que alguém fosse monitorado havia sob sua pele um equipamento que emite um sinal que pode ser rastreado em qualquer parte do planeta.

Sistemas como esses, ao contrário do que muitos imaginam, hoje são uma realidade e utilizados em larga escala para diversas finalidades. Um desdobramento dessa tecnologia, por exemplo, está sendo aplicada em Araucária para “marcar” os cães de nossa cidade. A ideia, com essa medida, é combater um grande problema araucariense: o excesso de cães abandonados por nossas ruas.

O uso dessa tecnologia combinado com serviços que já são oferecidos pelo Município, somado ao zelo que os proprietários conscientes de cães precisam ter, pode ser uma ferramenta de eficácia real contra o aumento indiscriminado da população canina da cidade, que beira o descontrole, chegando a cerca de trinta mil para uma população de humanos na casa das 130 mil pessoas, segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA). Considerando que nossa planta de imóveis dá conta de que temos pouco mais de trinta mil casas em Araucária, é como se tivéssemos pelo menos um cachorro para cada residência da cidade. Muita coisa.

Bem, se a tecnologia já está começando a ser aplicada, (veja reportagem na página 8), por outro lado é preciso deixar também mais eficientes as leis locais. Com a microchipagem, os animais serão vinculados com um dono, ainda que sejam de rua, mas tratados por alguém. Espera-se que esse alguém, sabendo que seu nome está cadastrado como mantenedor, vá, de fato, cuidar desse bicho. Alimentá-lo e, principalmente, evitar que se reproduza sem controle. Sem uma obrigação para que os donos, inclusive aqueles que cuidam bem, microchipem seus animais, corre-se o risco de que a medida tenha sua eficiência comprometida. Quando alguém está de olho no que as pessoas fazem, todo mundo toma mais cuidado.

Além disso, a Prefeitura se comprometeu em melhorar sua capacidade de oferecimento de cirurgias de castração de cães, seja por de melhoria CCZ, onde esses procedimentos são feitos, seja por meio de parcerias com clínicas particulares. Não parece ter outra forma de solucionar o problema que não seja de médio e longo prazo através de uma política pública consistente. Fica aqui nossa torcida para que a medida dê certo. Pense nisso e boa leitura.

Compartilhar
PUBLICIDADE