Em último caso

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Matéria publicada nesta edição de O Popular mostra que alguns casos de ato de indisciplina cometidos no ambiente escolar vêm sendo tratado equivocadamente como atos infracionais, gerando uma “policialização” desnecessária do dever de educar.

Neste contexto, precisamos urgentemente que as escolas, o poder público de uma maneira geral e as famílias se envolvam mais diretamente no dia a dia de alunos indisciplinados que estão sendo tratados equivocadamente como adolescentes infracionais.

Atos de indisciplina são na­turais da adolescência e precisam ser tratados como tal. Isto porque, a partir do momento que o professor ou a família recorrem a autoridade policial para o registro de um boletim de ocorrência em virtude de um xingamento, de uma briga ou algo do gênero, a recuperação pelo diálogo entre as partes fica mais difícil.

Outro complicador é que o registro de um ato infracional não afasta o adolescente do convívio escolar. Logo, aquele adolescente denunciado à autoridade policial continuará, salvo raras exceções, a conviver com o professor e o aluno que o denunciou. Justamente por isso, é extremamente importante que os atos de indisciplina sejam tratados como tal.

Obviamente, esta defesa para que o apelo à polícia só seja feita em ultimo caso não significa dizer que pais e professores precisam ser omissos as transgressões do dia a dia escolar. Quer dizer apenas que é preciso se debruçar acerca das motivações que levam um adolescente a ofender seu professor, a ameaçá-lo ou, da mesma forma, brigar com um colega no pátio da escola antes da “policialização” do caso.

Muitas vezes a ameaça, a briga, o xingamento é fruto de mera imaturidade, carência social e/ou outro motivo que precisa ser tentado resolver com o apoio da família dos envolvidos, dos educadores, dos conselheiros tutelares e assim por diante.

Pensemos nisso e boa leitura!

 

Publicado na edição 1102 – 01/03/2018

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