Empurrando com a barriga

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A situação financeira do município de Araucária não está fácil e todo mundo já está careca de saber. O grande vilão é, aparentemente, o valor gasto com os salários do funcionalismo, que hoje já consome mais do que a Lei de Responsabilidade Fiscal considera prudente.

Se Araucária fosse uma cidade pobre, sem grandes empresas geradoras de impostos e, consequentemente sem muitos recursos entrando em seu caixa, ainda vá lá. Mas ainda somos o município com maior renda per capita por habitante do Paraná. E, mesmo assim, falta dinheiro para contratar pessoas para funções extremamente importantes, como os profissionais para creches.

Como isso aconteceu? Como a manutenção dos servidores, que deveriam ser a solução do problema de atendimento à população, se tornou um problema que parece ser inadministrável?

A resposta parece ser simples. Porém a solução não. Ao longo dos anos os prefeitos, sabendo da grande importância e influência no restante dos eleitores por parte dos servidores, foram condescendentes a ponto de conceder aumentos e benefícios, inclusive estabelecidos em lei, que garantiram ganhos acima da capacidade de pagamento do município. Quiseram agradar, passar a mão na cabeça. Na outra ponta, não foi criado um programa de capacitação, melhoria das condições de trabalho e acompanhamento do desempenho, para justificar os valores pagos nos salários.

Virou o que se pode ver hoje. Uma falta de produtividade crônica em setores estratégicos e um clima de guerra entre sindicatos que sabem cobrar direitos, mas não admitem fazer concessões, e um prefeito que perdeu a oportunidade de fazer o enfrentamento necessário, no momento certo. Agora, às vésperas do final de um mandato, parece já ter traçado seu derradeiro plano: empurrar a gestão até 31 de dezembro. Pense nisso e boa leitura.

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