Quem andou precisando de medicamentos fornecidos pelos centros de saúde de Araucária sofreu ao longo dos últimos meses. Isto porque a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) teve problemas na licitação para aquisição desses remédios. Na última quarta-feira, 3 de maio, no entanto, finalmente, o certame foi finalizado, com as atas de registro de preços sendo publicadas em Diário Oficial. A promessa agora é de que já nos próximos dias, de maneira gradual, o problema seja resolvido.
Conforme informações da SMSA, a Prefeitura sofreu ao longo dos últimos meses em razão da crise de credibilidade junto aos fornecedores de medicamentos. Isto porque, o Município simplesmente não estava pagando seus fornecedores de medicamento e, em razão disso, eles simplesmente estavam se negando a fazer novas entregas e até a participar das licitações. “Tivemos casos de a licitação ser deserta, ou seja, nenhum fornecedor apareceu para querer vender para a Prefeitura porque eles tinham valores para receber há meses de compras passadas’, explicou o secretário de Saúde, Carlos Alberto de Andrade.
Ainda segundo o secretário, havia casos de fornecedores de medicamentos com dívidas desde 2014. “Recebemos a Secretaria de Saúde numa situação complicada, mas aos poucos conseguimos regularizar essas pendências passadas, o que fez com que a cidade recuperasse sua credibilidade junto aos fornecedores. Hoje, quem vende para a Prefeitura está enxergando na administração do prefeito Hissam um governo sério e comprometido em pagar em dia quem fornece ao Município”, acrescentou Carlos.
Ao todo a licitação realizada pela Prefeitura previu a compra de R$ 6,7 milhões em medicamentos. Foram inclusos no certame, os remédios padronizados, que são aqueles que integram a cesta básica da Secretaria de Saúde, os especiais, que são aqueles requisitados por meio de processo administrativo, e também os que o Município precisa fornecer por decisão judicial.
Ao todo, dez empresas ficarão responsáveis pelo fornecimento dos medicamentos. Elas celebraram contrato com o Município no sistema de registro de preços. Ou seja, elas se obrigam a manter o preço apresentado na licitação pelo prazo de doze meses, sendo que a Secretaria de Saúde vai solicitando a entrega gradual desses remédios ao longo deste período. “Publicamos as atas em Diário Oficial esta semana. Acredito que até esta sexta-feira (5) todos os contratos já estejam empenhados para que possamos solicitar aos laboratórios que comecem a entregar os medicamentos em nosso depósito. De lá, eles seguem para as farmácias das unidades de saúde”, finalizou o secretário.
Texto: Waldiclei Barboza
