Falta de acessibilidade em calçada prejudica estudante

Situação das calçadas obriga cadeirante a seguir pela rua. Foto: Everson Santos
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Falta de acessibilidade em calçada prejudica estudante
Situação das calçadas obriga cadeirante a seguir pela rua. Foto: Everson Santos

 

Todos os dias o estudante Alex Lima de Oliveira enfrenta uma maratona de desafios e superação para conseguir chegar até o Colégio Estadual Professor Julio Szymanski, onde faz o curso Técnico em Administração, no período noturno. O jovem mora no bairro Porto das Laranjeiras, vem de ônibus para o colégio, desce na parada que fica na Rua Pedro Druszcz, em frente à Prefeitura. E é exatamente nesse ponto que surgem os obstáculos, pois no curto trajeto entre a parada e o colégio, ele não consegue transitar pela calçada, que além de ser estreita, está cheia de buracos, trechos em desnível, árvores e postes no caminho. “É impossível andar com a cadeira de rodas pela calçada, preciso desviar pela rua, e o movimento de carros é intenso. Corro riscos todos os dias. Se não bastasse isso, na maioria dos coletivos os elevadores para cadeirantes não funcionam. Às vezes tenho que contar com a ajuda das pessoas para descer com a minha cadeira”, relata.

Alex está paraplégico desde 2015, quando sofreu um acidente de carro. Ele dormiu ao volante e acabou batendo na estrutura de um radar no Contorno Sul. Desde então, ficou preso a uma cadeira de rodas e precisou replanejar sua rotina para conseguir se locomover dentro da cidade.

A Secretaria Municipal de Urbanismo disse que já tomou conhecimento do problema enfrentado pelo estudante, teve acesso ao vídeo que foi produzido, mostrando a situação das calçadas, e explicou que fez uma solicitação junto à Secretaria de Obras, para que sejam feitas melhorias na acessibilidade, com a implantação de rampas. “Também vamos notificar os proprietários dos imóveis localizados nessa quadra, porque são eles os responsáveis pela manutenção das calçadas. A Prefeitura tem autonomia para executar melhorias nas calçadas e depois cobrar os custos dos donos dos imóveis, mas acredito que isso não será necessário”, explicou o secretário da SMUR, Reginaldo Cordeiro.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1158 – 11/04/2019

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