Família de “Sorriso” afirma que ele estava trabalhando quando crimes aconteceram

Juninho Sorriso foi encontrado com uma corda amarrada pelo pescoço - Foto: Divulgação
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Família de “Sorriso” afirma que ele estava trabalhando quando crimes aconteceram
Juninho Sorriso foi encontrado com uma corda amarrada pelo pescoço – Foto: Divulgação

 

Alessandro Luiz de Souza Junior, 20 anos, conhecido como “Sorriso”, que morreu na cela da carceragem local no último dia 15 de setembro, estaria trabalhando quando os crimes de homicídio, pelos quais ele é acusado, aconteceram. Pelo menos, é o que afirma a família do jovem.

Ele era suspeito de participação em dois assassinatos no Porto das Laranjeiras, em 30 de julho. Naquela data, foram mortos Daymon Eduardo Lima de Souza e Renan Alves de Oliveira. Ainda, Luciana Pereira de Souza foi baleada, mas sobreviveu.

Sorriso foi preso na quinta-feira, 13 de setembro, com mandado de prisão. Policiais civis foram até a casa dele, onde foram informados que ele estaria no trabalho, em uma empresa localizada no bairro Chapada. Da empresa, ele foi levado à Delegacia de Polícia de Araucária, onde teria negado a participação nos crimes. No dia seguinte, ele teria recebido a visita de advogados e na manhã de sábado foi encontrado morto na cela, pendurado por uma corda presa ao teto.

Na cela para a qual ele foi levado, estavam mais 17 presos. Todos eles disseram, segundo informou a DP, que não viram o momento em que Sorriso morreu, pois estariam dormindo. A delegacia instaurou inquérito para apurar se trata-se de um caso de suicídio ou homicídio e está aguardando os laudos do Instituto Médico Legal (IML).

O pai de Sorriso, Alessandro de Souza, disse que o filho foi retirado do trabalho por volta das 11h na manhã de quinta-feira e que a família só o viu novamente no sábado no caixão. “Meu filho, conhecido como ‘Sorriso’ e não como ‘Juninho Sorriso’, foi acusado injustamente por dois homicídios no Porto das Laranjeiras. Em depoimento ele negou qualquer autoria e envolvimento nas mortes, pois naquele dia e horário ele estava trabalhando e temos documentos que comprovam isso, que ele realmente estava na empresa”, disse.

Conforme afirmou o pai de Sorriso, o filho não tinha nenhum motivo para tirar a própria vida. “Não aceitamos a hipótese de suicídio, ele não tinha motivos para isso. Ele vivia a melhor a fase da sua vida, com o trabalho que tanto almejou, a faculdade que iria iniciar e a família que estava formando. A noiva do meu filho está grávida de 2 meses. Agora, ele ia realizar o sonho de ser pai”, relatou, complementando que Sorriso estava em perfeita saúde física e mental, fato que coloca em dúvida o suicídio.

“Alessandro partiu muito cedo, deixando sua família e amigos inconformados com tamanha injustiça e com muita saudade”, ressaltou o pai de Sorriso, que aguarda o resultado do inquérito aberto pela Polícia Civil.

Publicado na edição 1132 – 27/09/18

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