Fazendo o próprio caminho

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Com frequência maior do que gostaríamos de ver surgem notícias de pessoas que têm grande habilidade em áreas específicas, como cultura ou esporte entre muitas outras, e não consegue levar a diante seu sonho por falta de recursos. Boa parte destas pessoas são artistas, produtores, atletas que se acostumaram ao longo da vida a serem reconhecidos pelo bom desempenho ou qualidade de seu trabalho e se acomodaram com o que recebiam de apoio público, achando que se bastavam. Muitos ainda têm a firme convicção de que é responsabilidade justamente do poder público sustentá-lo, ou a seus projetos, sempre. Se isso não ocorre por decisão política ou, como está ocorrendo hoje, pela simples falta de dinheiro nos cofres públicos, o mundo vem abaixo e esta pessoa, com talento e habilidade, fica sem trabalho.

Estas pessoas sofrem por ter uma visão míope do contexto. Ainda não perceberam que, além de serem bons na atividade que curtem, também precisam ser capazes de empreender. Precisam entender a cidade, as empresas, o interesse das pessoas e como eles podem transformar sua atividade em um negócio viá­vel que consiga existir além do poder público, onde, via de regra, as decisões costumam passar longe do técnico e acabam sendo políticas.

Um exemplo legal de alguém que, embora jovem, entendeu que pode andar com suas próprias pernas é Gabriel Ferreira Padilha (veja reportagem na página 22). Filho de um karateca que é servidor público e que conseguiu construir uma reputação de profissional capaz, chegando a técnico da seleção brasileira, Gabriel cresceu participando de campeonatos e não quis abrir mão do sonho. Decidiu criar uma empresa e oferecer aulas de karatê nas escolas particulares pela cidade. O resultado é que está com sua agenda lotada fazendo o que ama.

Tomara que o exemplo provoque outras pessoas, não só do esporte, e mostre que, se houver vontade de vencer, boa dose de coragem e algum apoio técnico, existe um admirável mundo além da prefeitura. Pense nisso e boa leitura.

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