Fazer do limão uma limonada

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Fazer do limão uma limonada

 

Conversava com alguns vereadores desta municipalidade no início da semana sobre o mais novo problema que precisa ser resolvido pelos gestores desta cidade: como ficará o transporte das pessoas que querem fazer o roteiro do turismo rural em Araucária.

Já há alguns meses o ônibus foi cortado porque, pasmem, a empresa responsável pelo roteiro era a Transtupi, a mesma que gerenciava a linha Tupi-Pinheirinho. O problema é que, ao que se sabe, o serviço era prestado por meio de uma espécie de cortesia ao Município. Exatamente: a Secretaria de Cultura e Turismo, responsável pela manutenção do turismo rural Caminhos de Guajuvira, que já existe em Araucária há mais de uma década, nunca se preocupou em regularizar e prover recursos e/ou formas para que o transporte das pessoas que vinham visitar o interior desta gentil Tindiquera não dependesse de uma espécie de favor de uma empresa particular.

Resultado dessa falta de organização, quando a Prefeitura resolveu legalizar a questão da linha Tupi-Pinheirinho, o que levou ao litígio com a Transtupi, a empresa resolveu parar com a cortesia, o que acabou com o turismo rural do Município. Sim, porque sem transporte para levar os turistas ao interior de nossa cidade não há turismo, constatação esta, aliás, idiota é óbvia.

Vejam, prezados, como era frágil o nosso turismo rural, que outrora foi exemplo para todo o Estado e orgulho dos proprietários rurais que integravam o Caminhos de Guajuvira. E é essa fragilidade que assusta. Afinal, como podemos passar mais de uma década sem regularizar isso?

E era essa a discussão que estava tendo com alguns vereadores esta semana. Como fazer com que o transporte das pessoas que visitam o turismo rural de Araucária não dependa da “bondade” deste ou daquele bom samaritano?

Alguns, claro, vão dizer a velha frase que surge sempre que algum problema aparentemente simples como esse surge: “A Prefeitura de Araucária é rica, ela que pague o transporte”. A resposta, porém, não pode ser essa. Afinal, o destino do dinheiro público não pode ser tratado de forma tão simplória assim. Nenhum tostão de nossos impostos deve ser destinado a esse ou aquele projeto sem que se messa o retorno disso para a coletividade.

Do mesmo modo, não se pode simplesmente arrumar outro bom samaritano disposto a ceder um ônibus para transportar esses passageiros. Afinal, transporte coletivo é algo bem sério, que gera responsabilidade com a vida desses passageiros na eventualidade de um acidente ou outro sinistro qualquer e assim por diante.

É preciso que a Secretaria de Cultura e Turismo faça desse limão uma limonada e não tente simplesmente dar um jeitinho de resolver o problema de maneira imediatista, sem garantir que essa solução seja legal e sustentável. Afinal, já passou da hora de levarmos a sério a questão do turismo rural em Araucária, como já fazem outras cidades de nosso entorno. Ou fazemos isso ou o abandonamos de vez e admitimos que até para isso somos incompetentes.

Comentários são bem vindos em www.opopularpr.com.br. Ótimo próximos dias a todos e até semana que vem!

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