Foquemos nas prioridades

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Não há dúvidas de que um dos assuntos que mais rendeu nos últimos dias em Araucária foi a decisão da Prefeitura de fechar um retorno construído no ano passado pela mesma Prefeitura em certa altura da avenida Manoel Ribas.
Salvo algumas exceções, a grande a maioria das pessoas criticou o fechamento do contorninho. Mais do que isso, enxergou na decisão uma possível manobra de quem comanda o Município para dificultar o acesso a um posto de combustíveis que fica bem ali e pertence a um concorrente seu, já que, como se sabe, o prefeito é dono de um posto de combustíveis.
A Prefeitura, obviamente, desmente essa versão. E nem poderia ser diferente, já que admitir que o objetivo foi esse mesmo caracterizaria um crime, pois um gestor jamais poderia movimentar a máquina pública para fazer algo que só beneficiasse a ele.
Otimista que sou, fico com a versão oficial, de que o retorno foi mesmo fechado por questões de segurança, muito embora desde sua abertura não tenha sido registrado ali nenhum acidente.
Embora engula a versão oficial, me preocupa o modo como a gestão que acaba de assumir a Prefeitura está elencando suas prioridades. Digo isso porque, convenhamos, fechar um retorno não deveria ser uma das primeiras medidas que uma administração que nasceu cercada de tantas esperanças deveria tomar.
Não cola também a versão de que o fechamento do retorno faz parte de um plano mais amplo de reestruturação do sistema viário do Município. Isso porque, com duas semanas de mandato, é impossível que um governo tenha planejado um “amplo plano de reestruturação do trânsito”. Ainda mais quando se tem um secretário de Urbanismo, responsável pelo setor, que sequer conhece Araucária direito. Que mora em Curitiba e precisa colocar o endereço da Prefeitura no GPS para não se perder no caminho de casa para o trabalho.
Hissam precisa tomar cuidado para não achar que pode fazer o que bem entender só porque saiu das urnas com um capital político jamais visto na história deste Município. O prefeito precisa utilizar esse capital político invejável para fazer com que Araucária avance. E avançar, obviamente, passa por reestruturar o transporte coletivo, como ele vem – na prática – fazendo. Passa por diminuir a quantidade de cargos em comissão, como – na prática – ele vem fazendo, mas passa por muitas outras coisas que até agora não ficou bem claro como ele vai fazer para resolver.
É claro que seria injusto cobrar-lhe muito mais do que ele já fez em tão pouco tempo de governo. O saldo para um mês de governo é muito positivo. E precisamos dar tempo para que ele trabalhe. Dar esse tempo, no entanto, não é ficar quieto diante dos erros que eventualmente ele cometa. E, sem dúvida, o fechamento do retorno da Manoel Ribas, foi sim um erro.
Comentários são bem vindos em www.opopularpr.com.br! Até uma próxima!

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