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Frágil equilíbrio

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A correria do dia a dia em busca do sustento, somada a repetição de nossas atividades seja no trabalho ou mesmo em tarefas domésticas, acaba nos colocando numa espécie de piloto automático. É muito fácil chegarmos ao final do dia e perguntar como pôde ter passado tão rápido.

Esse estado de atenção apenas ao momento, para executar as rotinas ou mesmo para resolver um problema que esteja pegando naquela hora, acaba ocupando toda a concentração e deixa pouco espaço para que a pessoa pense em outras coisas.

Não deixa que pensemos, por exemplo, o quanto estamos vulneráveis, e por vezes impotentes a acontecimentos que podem mudar completamente nossa vida. Às vezes uma única coisa pode colocar tudo de cabeça para baixo. Foi o que aconteceu com uma família na terça-feira, 12 de maio. Era por volta de 7h15 da manhã (veja reportagem na página 31 desta edição) quando a casa simples de uma família da região do bairro Costeira começou a pegar fogo. Dentro da residência estava uma jovem de onze anos, que possivelmente ainda dormia. Ela não conseguiu sair, talvez nem tenha tentado, e morreu carbonizada. A dor da família pela perda da casa, que por si só já é desoladora, foi multiplicada infinitas vezes ao se constatar que a pequena Rejeane também se foi.

Situações como essa só servem para mostrar como é tênue o equilíbrio entre vida e morte, felicidade e tristeza e ninguém está livre de ser arrastado pelo turbilhão imprevisível que é a vida. De modo geral, todos tentam encontrar uma zona de conforto e segurança. Está na natureza do ser humano. Mas a vida acaba ensinando que o mais sensato deveria ser exatamente o contrário, cada um estar pronto para mudança. Bom se a vida viesse com manual de instruções para que todos soubessem o melhor a fazer. Pense nisso e boa leitura.