Futura Lojas Santista na Victor do Amaral não tem prazo para acabar

Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

Muitas crianças e adolescentes de hoje não conhecem a história do empreendimento da loja Santista no Centro
Muitas crianças e adolescentes de hoje não conhecem a história do empreendimento da loja Santista no Centro

Não são apenas as promessas políticas que alegram o povo por algum tempo e depois parecem jogar um banho de água fria em quem acreditou. No município de Araucária, isso também acontece com obras particulares, que iniciam com fogos de artifício e salvas de palmas da população, mas acabam se tornando novelas e caindo no esquecimento.

Um exemplo é o prédio luxuo­so localizado na esquina entre as avenidas Archelau de Almeida Torres e Doutor Victor do Amaral. Iniciada há aproximadamente 15 anos, a obra tomou forma rapidamente, e a cidade comentava a respeito do empreendimento. Afinal, a tradicional Lojas Santista da cidade seria transferida para um espaço com muito requinte, vários pavimentos e algumas surpresas para os clientes. O pro­blema foi que os jovens da época já cresceram, os adultos já desistiram da grande obra e muitas crian­ças não fazem ideia do que é ou deveria ser aquele local.

Por isso, à pedidos de nossos leitores, o jornal O Popular do Paraná entrou em contato com os proprietários do empreendimento para descobrir em que pé está a construção. Várias ligações foram feitas à loja atual e aos familiares do empresário responsável, mas ele não atendeu às ligações e pediu para uma funcionária passar o seguinte recado: “Ele não tem o que falar, pois simplesmente não há previsão para o término da obra”, disse.

Outro caso

O esqueleto da avenida Archelau também incomoda vizinhos, mas não tem data para continuar
O esqueleto da avenida Archelau também incomoda vizinhos, mas não tem data para continuar

Assim como essa novela da construção civil em Araucária, outra que tem dado o que falar é a de 2.300m² localizada na esquina entre a avenida Archelau e a Rua Santa Catarina. Quando iniciou sua fundação e estrutura, os comentários giravam em torno da construção de um Supermercado Roça Grande no bairro. No entanto, o local permanece somente no “esqueleto” há mais de uma década e deixa os empresários das proximidades preocupados. “As telhas são grandes e batem o dia inteiro. Só falta um vendaval arrancar e acabar machucando alguém”, afirmou uma empresária, que preferiu não se identificar. “Isso deveria ser terminado ou vendido para que outra coisa fosse construída no lugar”, comentou outro empresário.

De acordo com a família res­ponsável pelo empreendimento, o dono do imóvel era o arauca­riense Anderson Cedile da Silva, que faleceu há dez anos. “Desde que isso aconteceu, o imóvel está em inventário, e agora aguardamos a decisão da justiça para ver se o terreno será vendido ou se a construção vai continuar”, informou o senhor Jaime José da Silva, pai de Anderson.

De acordo com Elias Kase­cker, secretário de Urbanismo de Araucária, essas obras são responsabilidade dos proprietários, e a Prefeitura só interfere nelas em casos que comprometam a segurança da população local ou que estejam irregulares. “Teoricamente, as duas estão seguras. Então, o que o morador ao redor pode fazer é entrar com um processo na justiça apresentando sua solicitação e aguardar o resultado”, informa.

Texto: Raquel Derevecki / FOTOS: EVERSON SANTOS

Compartilhar
PUBLICIDADE