Golpe de Estado: Nota de solidariedade ao povo boliviano

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O Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária (SISMMAR) vem a público manifestar solidariedade ao povo boliviano, atingido por um duro golpe de Estado orquestrado pela direita internacional em conjunto com as forças armadas.

Em tempos nos quais a grande mídia não faz a sua parte, que é a de levar informação de qualidade ao povo para instruí-lo, é necessário que sindicatos combativos se pronunciem. Nossa atuação vai além da defesa dos direitos de nossa categoria, pois também implica no trabalho de base e na conscientização da classe trabalhadora.

O golpe de Estado que atinge o povo boliviano teve o apoio da mídia burguesa local. Desde antes das eleições, a imprensa atuou no sentido de fazer com que parcela da população da Bolívia acreditasse que Evo Morales, primeiro Presidente indígena do país, fraudaria o processo eleitoral – lembrando que o país tem um dos sistemas de apuração de votos mais confiáveis das Américas.

A América Latina está na mira dos principais bilionários do planeta por conta de suas extraordinárias riquezas naturais. No caso da Bolívia, trata-se de um país golpeado pela cobiça externa em função de sua grande reserva de prata, estanho, gás natural, petróleo e lítio.

O que os bilionários querem é meter a mão nessas riquezas, ignorando as demandas sociais da população majoritariamente indígena da Bolívia. É só exploração pela exploração. E assim como o Paraguai, Honduras e Brasil, o país vizinho sofre com as ações dos partidos de direita aliados ao imperialismo mais tacanho.

Além de atear fogo na casa da irmã de Evo Morales e mais dois governadores do Movimiento Al Socialismo (MAS), violentar e torturar a Prefeita Patricia Arce, que teve seu cabelo cortado, foi agredida e teve seu corpo pintado de tinta vermelha, quem mais sofre é o povo boliviano. Centenas de indígenas estão sendo atacados pela oposição direitista capitaneada pelo derrotado Carlos Mesa em conjunto com o fundamentalista religioso Luis Fernando Camacho, da ala dos militares.

O que fizeram, em suma, foi assumir o governo da Bolívia à força, de modo autoritário e assassino. Ameaçaram Morales de todas as formas até que ele e seu vice renunciassem ao cargo e, em seguida, fossem exilados no México. É a ditadura na prática. Em meio a tudo isso, a senadora Jeanine Áñez, mesmo sem quórum em nenhuma das duas Casas do Congresso boliviano, se autoproclamou presidente do país.

Assim, atacado novamente, visto que não é a primeira vez que a Bolívia sofre um golpe, o país se soma aos países da América Latina abalados pela cobiça dos imperialistas, que não têm o menor respeito pela soberania do povo!

Solidariedade ao povo boliviano! Poder popular já!

Publicado na edição 1189 – 14/11/2019

Golpe de Estado: Nota de solidariedade ao povo boliviano
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