Governar é desagradar pessoas

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Estamos prestes a iniciar um novo período eleitoral. Prestes a, querendo ou não, termos de parar para ouvir aqueles que se propõe a administrar nossa cidade e, em outra ponta, pararmos para ouvir e avaliarmos aqueles que se dirão dispostos a fiscalizar as ações do Poder Executivo. Embora nossos ouvidos prefiram os discursos otimistas, as promessas de obras, de grandes investimentos e coisas do tipo, acreditem: a melhor proposta será aquela que, individualmente, menos lhe desagradará. Logo, se você não ouvir nada do tipo, saiba que estão mentindo para você.

O próximo quadriênio, tanto na Prefeitura quanto na Câmara, precisará ser de arrumação da casa. E, como todos sabem, não se arruma uma casa sem fazer bagunça. Não se ajeita as roupas no armário sem jogar algumas peças velhas foras e assim por diante. A Araucária dos últimos dez, quinze, vinte anos, foi um grande engodo em termos de eficiência administrativa. Uma imensa farsa no que diz respeito à escolha de nossas prioridades e assim por diante.

Nestas eleições, o candidato que estiver disposto a desagradar mais será o melhor, pois – acreditem – governar é desagradar pessoas, tudo em prol de um bem maior, que no final das contas, é garantir que tenhamos uma cidade capaz de oferecer condições de desenvolvimento e de crescimento para aqueles que querem se desenvolver e crescer.

Por isso, no pleito que bate à nossa porta, prefira aqueles que tenham em suas propostas o compromisso de diminuir o tamanho da máquina pública, que seja claro ao dizer que irá chamar o funcionalismo municipal para uma conversa franca, implantando na cidade uma política de pessoal que recompense o mérito. Do mesmo modo, exija de seu candidato o compromisso com a redução significativa das indicações políticas na Prefeitura.

Precisaremos ainda de um gestor cujo compromisso maior seja com a Educação, mesmo que isso signifique reduzir sua presença na área da Saúde, signifique deixar ruas esburacadas, enfim, signifique investir menos em outras áreas, pois – por mais que não queiramos acreditar – os recursos públicos são sim finitos. E, investir em Educação não quer dizer remunerar melhor nossos professores sem que estes o façam por merecer dentro de sala de aula e assim por diante, quer dizer dar condições de ensino ao aluno e de trabalho aos seus profissionais. Tanto professores como pais e alunos precisavam estar a serviço da Educação e não o contrário.

Com relação à corrida por uma vaga no Legislativo, desconfie de candidatos que ostentam muito, que te pagam churrasco ou te dão gasolina, pois vereador ganha pouco e, para compensar esse pão com linguiça que você come na campanha ou esse vintão de gasosa que você colocou no carro, o sujeito irá ter que roubar uma cidade inteira depois, caso seja eleito.

Enfim, fique atento e, de novo, prefira os candidatos cujo discurso te desagrade mais enquanto pessoa! Comentários são bem vindos em www.opopularpr.com.br. Até uma próxima!

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