Greve dos trabalhadores da Petrobras ganha força e apoio da população

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Esta Coluna é de responsabilidade do Sismmar e não representa necessariamente a opinião do jornal O Popular

Nesta quinta-feira (20), as trabalhadoras e trabalhadores da Petrobras completam 20 dias de greve contra o fechamento da Fafen-PR e contra a privatização da estatal. Mesmo o Tribunal Superior do Trabalho (TST), em decisão absurda, considerando a greve inconstitucional, os trabalhadores continuam organizados contra a demissão em massa promovida pela atual gestão da Petrobras.

O estopim para a deflagração de greve foi o anúncio que mais de 1.000 trabalhadores, entre efetivos e terceirizados, seriam demitidos com o fechamento da Fafen-PR sem qualquer diálogo com os sindicatos. Para justificar o absurdo, a desculpa do governo federal é que a fábrica de fertilizantes localizada em Araucária gera prejuízos.

Assim como fez com as unidades de Sergipe e da Bahia, que já foram fechadas, o governo mente que a Fafen-PR dá prejuízo a fim de ter um pretexto para fechá-la. Basta lembrar que o agronegócio brasileiro é um dos maiores produtores de alimentos do planeta, além de o Brasil ser o quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo, para compreender que a desculpa do governo para fechar a fábrica é mais do que esfarrapada, é mentirosa.

O fechamento da Fafen-PR faz parte do ataque à soberania nacional iniciado no governo Michel Temer, em 2017, e continuado por Bolsonaro. Com o fim da produção nacional de fertilizantes, o único objetivo do desgoverno é fazer com que o Brasil seja dependente da importação desses insumos. Com isso, os únicos que vão lucrar são os grandes produtores do Canadá e dos Estados Unidos, enquanto os brasileiros saem perdendo.

O brasileiro sai perdendo porque com a dependência pelo agronegócio dos fertilizantes importados e privatização das refinarias de petróleo, os preços dos produtos finais e essenciais, como carne, leite e salada, além do combustível, vão ficar muito mais caros.

O que está acontecendo em Araucária e no Brasil é muito grave e sério. Afinal, todos temos a perder com a política de entrega das nossas riquezas nacionais. Enquanto isso, o desgoverno Bolsonaro, assim como a grande mídia, utilizou até aqui a estratégia de silenciamento, já que a greve não estava sendo noticiada pelos grandes jornais do país até esta semana.

Mas, agora já não é possível esconder a força da paralisação dos 21 mil petroquímicos e petroleiros da Petrobras em 13 estados. A greve avança e já vem colhendo seus frutos. No dia 15 de fevereiro, a Associação Nacional dos Transportadores Autônomos do Brasil (ANTB) declarou apoio total à greve contra a atual política de preço de combustível. Na segunda (17), os caminhoneiros da Baixada Santista, em São Paulo, iniciaram a paralisação no Porto de Santos. Na terça (18), o TRT da 9ª região barrou a demissão dos trabalhadores da Fafen-PR sem diálogo com os sindicatos.

Além disso, mesmo com o silêncio dos grandes jornais e as mentiras do governo, a população está tomando conhecimento da situação e apoiando, cada vez mais, a greve dos trabalhadores! A luta muda a vida!

Publicado na edição 1204 – 19/03/2020

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