Sabe aquelas pessoas que não gostam de se incomodar, preferem não se envolver, pagam para que sua rotina não mude e está pouco se lixando para o que acontece com os outros? Pois é, pode ser que esse cara tenha que rever seu jeitão de ser. A coisa está pegando feio e em todas as direções. Se esse cidadão ía de carro para o trabalho, e nem deu bola para esse negócio de desintegração do transporte coletivo metropolitano, agora vai ter que ficar esperto, porque, se a insatisfação dos caminhoneiros, demonstrada em forma de greve, se estender por mais alguns poucos dias, o abastecimento será prejudicado e, a exemplo de algumas cidades no interior do Paraná e também algumas de Mato Grosso, o preço da gasolina vai lá pro espaço de vez.
Reclamação por conta do ônibus caro, do preço da gasolina, do frete, da falta de estrutura das estradas, das escolas, postos de saúde e por aí afora, já eram comuns há tempos, mas nas últimas semanas estão tomando corpo num grito de indignação que atinge os nossos gestores de forma suprapartidária.
Aquele cenário que as oposições tanto alardeavam, sem sucesso, durante a campanha, de que vivíamos no fio da navalha, num frágil equilíbrio, está se mostrando pior ainda do que as previsões.
E o interessante é que nossos governantes nem podem se queixar, pois foram reeleitos. A encrenca é legado deles mesmos.
E a população em meio a isso tudo? Tem mais é que fazer o que está fazendo! Ir para a rua e protestar, de modo ordeiro e civilizado, exigir seus direitos. Mas, do jeito que estamos, exigir tudo aquilo que foi prometido durante a campanha parece é utopia. Pensemos nisso e boa leitura.
