Mais do que doar cabelo, doar felicidade. A campanha idealizada por professores do Colégio Estadual Júlio Szymanski para arrecadar mechas de cabelos com as quais serão feitas perucas para pessoas vítimas de câncer, mais do que cumprir seu propósito, é carregada de simbolismo. Mostra o quanto as pessoas podem ser mobilizadas em torno de uma causa, se forem devidamente abordadas.
A campanha não tinha, segundo a organizadora (veja matéria na página 6 desta edição), pretensão de atrair muita gente, mas foi tomando corpo, mães e alunas do colégio foram aderindo e apareceram para cortar seus longos cabelos para ajudar. Com isso dá pra perceber que existe, sim, muita gente disposta a se envolver em campanhas para ajudar o próximo. Ações como esta, ou como bazares onde objetos pessoais são doados para arrecadar recursos para alguém que precisa, ou mesmo pessoas que querem doar seu tempo, são cada vez mais fáceis de serem encontradas.
Percebemos, no entanto, que não faltam pessoas querendo ajudar com um pouco do seu tempo ou doando algumas coisas que não precisam mais em casa. O que falta, e isso é bem visível, é gente séria que se disponha a organizar estas ações. Dá um trabalho danado e precisa começar e terminar, senão corre o risco de ser mal interpretado.
Felizmente ainda é possível encontrar quem se disponha a esta tarefa, tão importante, de coordenar. E tomara que esta atitude, a de ter iniciativa de fazer as coisas acontecerem, acabe contagiando mais pessoas. Porque gente que precisa dessa atenção e ajuda é o que não falta. Pense nisso e boa leitura.
