Ser ou não ser…

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Nos dias em que vivemos, assim como em todos os outros momentos da história da humanidade, a corrida em busca da felicidade é o motor que impulsiona a todos. Sem dúvidas, este deve ser o objetivo de cada um e para atingi-lo precisamos verificar se as metas que estabelecemos para as nossas vidas estão nos fazendo felizes ou servem mais para aumentar a ansiedade a níveis suportados com grande dificuldade. É que a corrida para comprar o modelo de smartphone mais recente, a roupa de marca famosa, o carro com o design mais atual, nem sempre nos deixa tranquilos para usufruirmos a existência de forma mais plena e satisfatória. Outra fonte constante de transtornos e até angústias é a insatisfação com o próprio corpo e com a idade que temos ou aparentamos ter. Não se trata de deixar de atribuir importância à nossa aparência, pois ela traduz o cuidado que temos com nós mesmos, mas de atentar para a importância exagerada que damos a este aspecto de nossas vidas. Claro que os meios de comunicação, na intenção mercantilista representada pelos anúncios e mensagens subliminares, têm grande parte da responsabilidade por esta ânsia de consumo com os modismos que cria, mas não é só isso. A sociedade e suas organizações, bem como cada um dos indivíduos que a compõe, devem ficar alerta e evitar as armadilhas e as direções erradas que se apresentam. Em entrevista concedida pela Nutricionista Ligia Amparo da Silva Santos, disponível no site www.controversia.com.br e originalmente publicada por Andriolli Costa, no Instituto Humanitas da UNISINOS, encontra-se um importante alerta quanto ao exagero no cuidado com a aparência física. Chamou minha atenção esta declaração da entrevistada: “Decerto que a desnutrição e a obesidade são importantes problemas de saúde no contexto contemporâneo e devemos ter atenção, mas é urgente a necessidade de repensarmos a relação que temos estabelecido com os nossos corpos, pois a apologia ao corpo perfeito tem trazido muito mais danos do que benefícios. A ideia de felicidade como uma experiência humana subjetiva que envolve estados emocionais positivos de bem-estar e prazer, atribuindo assim significados à existência, tem sido reduzida, no projeto da modernidade, a uma lógica do consumo, como se ela pudesse ser “vendida” através de conquistas materiais e de uma aparência física em que o próprio corpo se transforma em mercadoria.”. O que é moderno, portanto, pode trazer maiores facilidades e conforto à existência, mas é necessário termos claro o que efetivamente é importante para cada um de nós e para a sociedade em que vivemos.

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