Justiça pune moças que arrastaram pitbull de moto

Foto: Everson Santos
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O caso das duas moças que arrastaram uma cadela pitbull de moto, no jardim Maranhão, em março deste ano, que acabou virando caso de polícia e foi parar no Ministério Público, teve um desfecho. Nesta quarta-feira, 2 de outubro, a dupla participou de uma audiência de conciliação, e recebeu a punição relativa aos maus tratos. Entre pagar 10 salários mínimos ou seis meses de prestação de serviços comunitários, elas escolheram a segunda opção.

De acordo com a advogada Pâmela Camargo, que cuidou do caso, pelo fato de elas não terem antecedentes criminais, a lei concede o benefício da transação penal, ou seja, não pode se imputar culpa. “Elas aceitaram e agora terão que cumprir toda a pena, para que o processo seja arquivado, porém, se no prazo de cinco anos, cometerem outro delito, não poderão ser beneficiadas pela transação penal”, explica a advogada. Ela acrescenta que, dentro do que prevê o crime de maus tratos, a pena foi condizente.

Para as protetoras, que compareceram ao Fórum no dia da audiência, foi uma grande vitória, uma vez que servirá de exemplo para que outras pessoas não venham a cometer maus tratos contra os animais. “Tenho certeza que a partir de agora, quem pensar em maltratar um animal, vai pensar duas vezes, porque as pessoas sempre acreditam que esses casos não dão em nada, e conseguimos provar o contrário”, disse a protetora Ieda Maria.

Relembre o caso

O crime de maus tratos cometido pelas duas moças foi flagrado por uma câmera de monitoramento. O vídeo foi parar nas mãos de duas protetoras independentes, que decidiram não deixar o caso impune. Orientadas pela advogada Pâmela, elas registraram um boletim de ocorrência, e foram mais além, levaram o caso ao conhecimento do Ministério Público e ainda comunicaram a Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

As protetoras também conseguiram localizar o endereço de uma das moças, foram até o local e resgataram a cadela, que posteriormente foi devolvida ao dono, parente de uma das agressoras. “Elas contaram que a cadela era de um parente e que a encontraram solta na rua, por isso amarraram ela em uma corrente, a prenderam na moto e iriam devolvê-la ao dono. O problema, além de a cadela ter ficado muito machucada, é que as moças seguiam com a moto na direção contrária à casa do parente. Não há dúvidas de qual era a intenção delas”, comentou uma protetora na época dos fatos.

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