Lojas Colombo fecha as portas em Araucária

A loja fechada chama a atenção de quem passa pelo Centro da cidade
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A loja fechada chama a atenção de quem passa pelo Centro da cidade
A loja fechada chama a atenção de quem passa pelo Centro da cidade

Quem desceu as escadarias da Praça da Matriz nas últimas semanas já percebeu que a paisagem está diferente, isso porque uma das lojas mais antigas da cidade fechou suas portas, desde o dia 7 de novembro. Isso mesmo! Lojas Colombo, uma das maiores redes de varejo da região Sul, se rendeu à crise financeira.

Segundo informações, a empresa teria fechado as portas por vários motivos. Entre eles estariam a falta de cumprimento de metas em vendas, a falta de programas de incentivos para incrementar o comércio local e ainda a especulação imobiliária, que supervaloriza o valor dos aluguéis na cidade. A reportagem de O Popular fez várias tentativas de contato com a gerência de uma loja do Pinheirinho, que seria a res­ponsável pela unidade local, para confirmar os reais motivos do fechamento, mas não obtivemos uma resposta.

Segundo Laécio Monteiro de Carvalho, coordenador da sub sede Araucária do Sindicato dos Comerciários de Curitiba e Região Metropolitana – Sindicom, a Colombo foi apenas mais uma das empresas que sucumbiram devido à crise. Muitas também recorreram a outros moldes de atendimento ao público, na tentativa de driblar a crise. “Além da Colombo, tivemos recentemente o o fechamento da Fada Madrinha Sports, que uniu suas duas lojas; a Audio Art Som e Acessórios; a Lojas Millenium da Carlos Ca­valcanti a Niihau, que optou em manter uma loja apenas em Curitiba; a Amaro Móveis; a Móveis Planejados Panek; MM na Victor do Amaral; a Multiloja também na Victor do Amaral; a Bom Preço, no Centro da cidade; a Móveis Londrina, na Victor do Amaral e o Restaurante Takiro, que optou em manter apenas um disque-entrega, Também engrossam a lista, empresas de outros bairros que fecharam (algumas com mão-de-obra fami­liar), restaurantes, farmácias, etc, isso devido a crise econômica, aos altos preços dos imóveis e a insegurança”, enumerou Laécio.

Segundo ele, a briga do sindicato é para que a Prefeitura e a própria Codar incentivem mais os comerciantes locais. “Aqui seria necessário realizar um Censo do comércio, para poder fazer uma análise mais aprofundada e entender o que o comércio da cidade precisa. Ficamos muito tempo olhan­do para a Petrobras, dependendo dela, e agora com todos estes problemas que a empresa está enfrentando, com esta crise econômica, os comerciantes estão sentindo na pele o problema”, comentou.

Falta união

Para o presidente da Associação Comercial – ACIAA, Juscelino Katuragi, com a crise que afeta o país, os empresários estão buscando saídas para economizar, seja reduzindo unidades, mudando forma de atendimento ou, na pior das hipóteses, fechando as portas. O problema é que aliada à crise, muitos comerciantes, acabam reclamando da falta de incentivos, de uma política mais eficaz para fomentar as vendas no comércio local.

“Os comerciantes reclamam da crise, mas não participam das reuniões que a associação promove, não sentam com a gente para discutir possíveis soluções. Precisamos trabalhar em grupo, ouvir o que os comerciantes têm a dizer, quais as suas principais necessidades. Só assim conseguiremos estabelecer planos de prevenção para evitar que novas lojas tenham que fechar as portas”, pontuou Katuragi.

Ele citou a Campanha de Natal como exemplo da falta de união e participação dos comerciantes, que resistem em fazer um pequeno investimento para alavancar as vendas. “No ano passado fomos parceiros da |Associação Comercial do Paraná – ACP, na campanha Natal Premiado, onde foram sorteados vários caminhões de prêmios, mas a adesão dos lojistas da cidade foi muito baixa. Este ano somos novamente parceiros da ACP, com uma campanha nos mesmos moldes, mas a baixa aceitação está se repetindo”, frisou.

Texto: MAURENN BERNARDO / Foto: Everson Santos

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