Um rapaz estava catando pinhão próximo a um imenso pé de pinheiro araucária, ao lado da estrada que dá acesso a Colônia Cristina, na altura da localidade rural conhecida como Taquarova, quando acabou encontrando dois corpos meio queimados, no meio do matagal. Isso era por volta de 15h de quarta, dia 29 de junho, e o Instituto de Criminalística foi chamado para fazer o levantamento do local do crime. Foi constatado que os dois, até aquele momento sem identificação, foram mortos a tiros e depois foi ateado fogo nos corpos. Embora o matagal fosse bastante alto e estivesse bem seco, só havia sinais de queimado no local onde estavam os corpos, condição que leva a crer que o crime tenha ocorrido no meio da noite quando o mato estaria molhado e por isso o fogo não se alastrou.
Mais tarde os dois foram identificados como Renan Schneider Silva, de 23 anos, e Vinicius Monteiro Marcon, de 21 anos. Eles estavam desaparecidos desde segunda, dia 27 de junho. Vinícius teria ido de carona na casa de outro amigo e não foi mais visto com vida.
Morreu de graça
O setor de homicídios da Delegacia de Araucária está investigando o caso e as primeiras informações sugerem que o crime tenha sido por conta de dívida de drogas. Em que pese que tinha apenas 23 anos, Renan já tinha ficha bem suja com a Justiça. Foi indiciado por homicídio qualificado em 2012, tráfico de drogas em 2014 e, mais recentemente, por receptação de mercadoria roubada. Ao contrário, Vinícius estava limpo, não tinha nenhuma passagem. “Acreditamos que a bronca era com o Renan e que o Vinícius morreu de graça”, diz Euzébio Pereira da Silva, investigador responsável pelo setor. Renan levou dois tiros, um na cabeça e outro no peito. Vinícius também foi baleado duas vezes, um tiro pegou no cotovelo e outro também no peito.
Texto: Carlos do Valle / FOTOS: carlos do valle / divulgação