Nesta edição, O Popular traz aos leitores uma matéria especial sobre gravidez na adolescência. Contamos a história de alguns jovens araucarienses que mal tinham acabado de deixar os bebês de brinquedo que ganharam quando crianças no armário e já se viram carregando um bebê de verdade no ventre.

Embora a geração de uma nova vida seja motivo de alegria para a imensa maioria das famílias não é possível deixar de ressaltar que quase a totalidade dos casos de gravidez na adolescência não é fruto de uma decisão consciente desses jovens pais e mães e é justamente por isso que precisa ser evitada.

E, não adianta, a melhor receita para evitar esses casos de gravidez continua sendo o diálogo em casa. Pais e mães precisam diariamente conversar com seus filhos sobre os perigos da geração precoce de uma nova vida. Isso porque é fato que muitas dessas jovens genitoras sequer têm o corpo totalmente preparado para gestar uma nova vida. E, em termos de preparação, pior do que a física, é a psicológica, já que essas mães precoces ainda não têm uma real consciência do mar de dificuldades que é a criação de um bebê nos dias atuais.

E no diálogo diário que pais e filhos precisam ter acerca da importância de se evitar uma gravidez precoce, bem como doenças sexualmente transmissíveis, a dica vital para o sucesso é a franqueza, o jogo aberto de ambas as partes. Independentemente da educação que os pais julgam ter dado aos fi­lhos é preciso sempre ter em mente que – sim – os adolescentes estão tendo relações sexuais cada vez mais cedo. Logo, métodos contraceptivos precisam fazer parte dessa conversa.

Do mesmo modo, é vital também que – por mais do século passado que isso pareça – que os pais entendam que 50% da culpa por toda gravidez indesejada é sim dos homens. Logo, metade da res­ponsabilidade para que se a evite é também deles, o que faz com que esse diálogo aberto tenha que ser feito com meninos e meninas. Pensemos nisso e boa leitura!