Morto em confronto com a PM no Israelense já tinha antecedentes

Após troca de tiros, Alisson morreu ao ser alvejado; à direita o carro roubado
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Após troca de tiros, Alisson morreu ao ser alvejado; à direita o carro roubado
Após troca de tiros, Alisson morreu ao ser alvejado; à direita o carro roubado

Uma viatura da Polícia Mi­litar pediu apoio da equipe Supletiva para uma ocorrência na rua das Flores, no bairro Capela Velha, no fim da tarde de sábado, 21 de janeiro.

Alguns indivíduos estavam armados e fugiram após abordagem dos policiais. Os PM’s, no entanto, continuaram as rondas e encontraram outro homem que prontamente informou que sua residência havia acabado de ser invadida por três marginais. O homem passou o endereço da casa e para lá os policiais foram. Segundo a vítima, os três elementos estavam armados com pistolas e um revólver e após arrombarem a casa ameaçaram todos que estavam no local e fugiram com o carro da família.

Enquanto isso, uma equipe da RONE que passava pela região de ocupação irregular, Jardim Israelense, avistou os marginais abandonando o carro, um Renault Duster, cor prata, placas AVC-1615. Os policiais solicitaram que os indivíduos parassem para abordagem, mas eles não acataram às ordens e correram atirando. Os PM’s, na condição de defesa, revidaram e o rapaz, Alisson Caetano da Paixão Barreiros, 25 anos, foi alvejado e morreu antes da chegada do Siate.

Algumas horas depois, um tumulto se instaurou na região. Um grupo de moradores da comunidade ficou revoltado com a morte de Alisson e contestou a versão da polícia. De acordo com o grupo, o homem que havia morrido era trabalhador e não tinha nenhum envolvimento com o crime.

A confusão se deu porque indivíduos estariam realizando disparos de arma de fogo, teriam sequestrado um ônibus da Viação Tindiquera e colocado fogo no veículo. Segundo o motorista, quatro indivíduos entraram no ônibus na rua Avestruz e deram ordem para que todos os ocupantes desembarcassem. Os homens levaram o ônibus até o fim da rua Silvio Cantelle e lá atea­ram fogo. A situação no local só foi controlada depois da chegada de mais viaturas e equipes da Polícia Militar e da Guarda Municipal.

Conforme informações repassadas pela Delegacia de Polícia Civil de Araucária, foi ins­taurado inquérito policial para apuração dos fatos. As armas dos policiais militares também foram apreendidas e foram encaminhadas para perícia, para saber se, como os moradores afirmaram, houve excesso por parte da PM ou não.

Já os familiares de Alisson, que moram em Curitiba, estiveram na delegacia no dia seguinte e deram seus depoimentos. Segundo informações, o rapaz estava fora de casa há cerca de cinco anos e era usuário de drogas. Alisson já havia sido preso por porte de substâncias ilícitas.

Nos próximos 30 dias os laudos devem ser entregues ao De­legado de Polícia e assim o caso deverá ser devidamente esclarecido.


Texto: Redação / fotos: marco charneski

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