Movimento sai em defesa da Petrobras

Sindicatos se mobilizaram para pedir apoio à estatal
Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

Sindicatos se mobilizaram para pedir apoio à estatal
Sindicatos se mobilizaram para pedir apoio à estatal

Um movimento desencadeado pelo Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina – Sindipetro e pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas do Estado do Paraná – Sindiquímica, ganhou força na noite de terça-feira, 11 de agosto, após uma audiência pública realizada na Câmara de Vereadores de Araucária. O evento, que contou com o apoio do Sismmar, Sifar, APP Sindicato e com a participação de movimentos sociais, trabalhadores e comunidade em geral, teve como proposta sensibilizar a sociedade local sobre a importância da estatal para a cidade e o país.

Durante a audiência, os participantes construíram a carta “Defender a Petrobras é Defender Araucária”, documento que ressalta a gravidade do momento e a necessidade da luta de toda a sociedade em prol da petrolífera estatal. O documento foi enviado à mesa diretora da Câmara para que os vereadores possam subscrevê-la e, assim, participar da Frente Parlamentar em Defesa da Petrobras.

Conforme os sindicatos, a proposta da mobilização foi desencadeada após o Projeto de Lei proposto pelo senador José Serra, que limita a atuação da Petrobras na exploração do petróleo no pré-sal e reduz em até 20% os royalties destinados à educação e saúde pública no Brasil. Hoje, 75% dos royalties financiam a educação e 25% a saúde. Com o projeto de Serra, estas duas áreas de extrema importância podem perder de 15% a 20% do índice.

Quanto à educação, a diminuição da verba causaria um impacto relevante, afinal o Plano Nacional de Educação está diretamente atrelado às formas de distribuição dos royalties. Sendo assim, se hoje já existe a dificuldade no cumprimento das metas do Plano, com essa lei a situação tende a piorar.

Pilar econômico

Segundo o Sindipetro, a Petrobras é a alavanca da economia de Araucária, sede da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), que injeta 67% do valor adicionado da indústria no Município. A cidade tem a segunda colocação do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, com 6,1%, atrás apenas da capital, e tem o maior PIB per capita (R$ 94.966) do Paraná, conforme os dados de 2012.

No âmbito estadual, a refinaria é responsável por um quarto do PIB industrial do Paraná e por 7% do PIB total do estado, segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). No cenário nacional, a Petrobras responde por 13% do PIB. Por isso, a defesa da estatal é estratégica para o desenvolvi­mento econômico e social de todo o país. “A empresa é um patrimônio nacional e nossa luta deve ser para mantê-la estatal e cada vez mais pública. Os ataques que ela vem sofrendo não tem outro objetivo senão o de prejudicar a imagem da empresa perante a opi­nião pública e, assim, jogá-la nas mãos do mercado privado. Não permitiremos que isso aconteça. Os lucros da Petrobras devem ser utilizados em benefício da população brasileira, aplicados em saúde, educação e infraestrutura, e não para engordar os bolsos dos empresários”, afirmou Mário Alberto Dal Zot, presidente do Sindipetro PR e SC.

FOTO: CARLOS DO VALLE

Compartilhar
PUBLICIDADE