Mundo cão!

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Tradicionalmente eu utilizo este espaço para escrever sobre política, sobre políticos, sobre administração pública, sobre Prefeitura, sobre Câmara e assim por diante. Mas, penso, assim como eu, muitas vezes, todos aqueles que me acompanham devem se encher do assunto. Ainda mais em dias tão conturbados como os atuais. Por isso, resolvi, só desta vez, deixar o tema de lado. Aliás, deixar é modo de dizer, já que – a política está em tudo o que fazemos.

Troco o tema, mas não a densidade dele. Nos últimos dias tenho sido confrontado com o mundo cão em que vivemos atualmente. As pessoas parecem ter perdido seus valores. Em pleno século XXI, temos que conviver com crimes brutais, que violam direitos individuais conquistado a duras penas pela nossa sociedade. Nos consideramos racionais, mas há gente de nossa espécie capaz de cometer atrocidades que nem animais, classificados como irracionais, praticariam.

Embora condene todos os tipos de violência, há dois tipos delas que me gelam até os ossos, que me causam náuseas e que me obrigam a questionar até que ponto a vida vale a pena. A primeira delas é a violência praticada contra a criança. A segunda é a violência praticada contra a mulher, principalmente aquela de caráter sexual. Agora imaginem o grau de crueldade, de monstruosidade quando estamos diante de um caso que reúne violência sexual praticada contra uma criança mulher numa pancada só.

Foi diante de um caso assim que me deparei, por conta de meu trabalho em O Popular, nos últimos dias. Ainda tremo quando ouço os relatos do caso, quando imagino a violência praticada, a mulher subjugada e assim por diante. Ainda sofro ao conjecturar que impactos o episódio terá nos próximos anos de formação da vítima, em seus relacionamentos interpessoais, na construção da confiança com o sexo oposto. Ainda me arrepio ao pensar em como a família lida com isso, como exigir que o agressor seja tratado com justiça quando este foi tão injusto em seu ato covarde, vil e monstruoso.

Ao longo de meus anos em O Popular já presencei outros casos do tipo e em todos eles o meu sentimento sempre foi o mesmo, o de ojeriza ao criminoso e, aqueles que, por qualquer que seja o motivo, tentaram inverter a ordem dos fatores, transformando vítima em agressor e agressor em vítima. Relatos como “ah, ela estava se oferecendo”, “mas também, olha o tamanho da roupa que ela estava andando”, entre outros, infelizmente são comum nestes casos. Embora sejam comuns, jamais devem ser aceitos e, muito menos, servir de atenuante para a brutalidade praticada.

Até uma próxima!

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