Não temos culpa!

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Ao longo das últimas semanas, O Popular dedicou grande parte de suas páginas à Câmara de Vereadores. As matérias, como sabemos, não enalteceram em nada o trabalho de vossas excelências. Muito pelo contrário, se debruçaram sobre exa­geros que acometem aquela Casa. Exageros estes que foram alvo de ações do Ministério Público local.

Tanta dedicação de O Popular à cobertura dessas investidas do MP andam incomodando alguns vereadores, que tem acusado este periódico de estar tentando desqualificar o trabalho da Câmara de Araucária. Tal afirmação é injusta e sem qualquer tipo de embasamento.

Nossa equipe é a única que – diariamente – pelos mais diversos meios – acompanha o dia a dia do parlamento municipal. Faz isso por entender que é na Câmara que residem os representantes da população. Faz isso por ter convicção de que o Poder Legislativo é um dos pilares do estado democrático de direito.

E é justamente por entender que a importância da Câmara é vital para a nossa cidade, que – por consequência – eventuais deslizes que lá são cometidos ganham des­taque. Como diria aquele personagem de história em quadrinhos: grandes poderes trazem grandes responsabilidades.

Queria O Popular não divulgar uma linha que fosse de ações corporativistas de vossas excelências, queria O Popular, sinceramente, não noticiar nenhum intento des­provido do verdadeiro interesse público a respeito da Câmara. Mas, para que possamos fazer isso, eles precisam deixar de acontecer. Isso, porém, não é o que vemos.

O que vemos é um parlamento corporativista, o que vemos é uma Casa que – em sua essência – tem se prestado muitas vezes a ambições politiqueiras de alguns de seus membros ao invés de focar única e exclusivamente em bem representar o povo. O que salta aos olhos é que, num momento em que a comunidade araucariense, assim como a brasileira, se mostra decepcionada com seus políticos, enojada com o modus operandi de nossos órgãos representativos, profundamente magoada com a falta de sensibilidade desses poderosos com o desemprego, a recessão, a péssima qualidade da saúde e da educação, o aumento dos índices de violência, tenhamos a maioria de nosso parlamento debruçada numa estratégia de resolverem seus próprios problemas.

Isso é inadmissível. Isso é ultrajante e, contra tudo isso, O Popular sempre irá lutar, fazendo uso de sua única arma: informar! Boa leitura!

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