Ninguém mete o dedo na ferida

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A área de Saúde de Araucária é uma das que mais gera reclamações. A avaliação que os usuários fazem dos serviços é baixíssima e as dificuldades são muitas. Nossa estrutura física é grande, a quantidade de funcionários imensa.

Porém, apesar dessas dificuldades enfrentadas, uma coisa é fato: nosso problema não é dinheiro, é gestão. Isso fica mais evidente ainda quando se compara o tamanho do nosso orçamento da saúde com os de outros municípios do Paraná e, muito provavelmente do país. Sejam essas cidades pequenas, médias ou grandes, daqui da Região Metropolitana mesmo ou de mais longe, a conclusão é uma só: os valores per capita gastos com a saúde aqui superam de longe os de outros municípios.

Nosso desafio é mesmo a qualidade destes investimentos. Como acontece também em outras secretarias, Araucária sempre teve o péssimo hábito de gastar muito e gastar mal seu dinheiro público. No caso da Saúde, o grosso dos recursos, algo em torno de 80%, vão para despesas com funcionários, sejam eles diretos ou indiretos, e 20% para todo o resto: remédios, material de consumo, manutenção da estrutura e outros.

Nosso maior calo está aí. Administrador nenhum parece ter coragem, de verdade mesmo, de discutir a qualidade dos serviços que nossos servidores estão entregando à população. A falta de comprometimento, tanto daqueles que ocupam os cargos mais altos até os de chão de fábrica, em alguns setores estratégicos da Prefeitura, tem vitimado o serviço público de qualidade.

E como mudar isso? Obviamente, não há fórmula mágica, afinal existe uma cultura de décadas de descompromisso por parte do poder público, (incluindo aí muitos gestores e servidores), com o usuário final, o verdadeiro cliente que paga por isso tudo e que deve receber um atendimento digno. Por fim, o usuário também tem sua parcela de culpa, já que, em muitos casos, se aproveita dessa desorganização estatal quando lhe convém ou não reage de maneira mais firme contra essa falta de eficiência de seus empregados: políticos e servidores. Pensemos nisso e boa leitura.

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