Notas Políticas – Edição 1189

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  • HMA

Na administração do Hospital Municipal de Araucária há pouco mais de três meses, a Irmandade Birigui segue colecionando reclamações. A última é com o escolhido por ela para ocupar o cargo de diretor técnico do HMA, Davi Eiji Furutani de Oliveira.

  • Brodowski

Médico formado pela Universidade de São Paulo em 2006, Davi Eiji Furutani de Oliveira não é muito conhecido pelas bandas do Paraná. Porém, no Estado vizinho tem algumas passagens pela administração pública. Ocupou, por exemplo, o cargo de secretário de Saúde do município de Brodowski e, em junho deste ano, teve seu nome envolvido numa ação movida pelo Ministério Público de São Paulo contra gestores daquela cidade.

  • Bens bloqueados

Davi Furutani, inclusive, teve os bens bloqueados pelo Poder Judiciário de São Paulo em razão de suposta participação numa organização criminosa acusada pelo Ministério Público de fraudar licitações em Brodowski. O caso é recente, de junho de 2019, e ainda não há uma decisão definitiva sobre a inocência ou culpa do médico.

  • Repercussão

Obviamente a notícia de que o médico está sendo acusado pelo MP paulista de crimes praticados justamente no exercício de um cargo público não foi bem recebido em Araucária. Na sessão plenária da Câmara desta terça-feira, 12 de novembro, por exemplo, alguns vereadores disseram ser um absurdo que a Irmandade Birigui coloque como diretor técnico do HMA alguém em cujos ombros pesam tais acusações.

  • Marcadas

Por falar em HMA e Câmara, foram marcadas as primeiras sessões para oitivas relativas aos fatos que estão sendo apurados pela Comissão de Inquérito que investiga eventuais irregularidades no contrato de gestão celebrado entre o Município e o INVISA para gestão do Hospital.

  • 27 de novembro e 4 de dezembro

Essas são as datas escolhidas para as oitivas. Nestas primeiras sessões os convocados para dar explicações serão os membros da comissão de fiscalização do contrato de gestão.

  • Faltantes

Dois vereadores não participaram da sessão plenária desta semana. Tatiana Nogueira (PSDB) e Celso Nicácio não apareceram, porém justificaram suas ausências à presidência da Câmara.

  • Veto

Os vereadores analisaram esta semana um veto parcial feito pelo prefeito Hissam Hussein Dehaini (Cidadania) ao projeto de lei de sua própria autoria que modificou a forma de pagamento do auxílio-alimentação dos servidores. A Procuradoria Geral do Município justificou os vetos em razão de emendas modificativas feitas pelos vereadores ao projeto.

  • Licenças

Um dos vetos feitos pelo Município foi a emenda incluída pelos vereadores que poderia fazer com que até mesmo servidores em licença para tratar de assuntos particulares e para o exercício de cargo eletivo permanecessem recebendo o auxílio-alimentação. A Câmara, por sua vez, entendeu que o veto feito pelo Executivo não tinha sentido e o derrubou. Com isso, resta agora a Prefeitura manter a lei com as emendas que podem gerar questionamentos futuros ou acionar o Poder Judiciário alegando inconstitucionalidade na alteração feita pela Câmara. Vamos aguardar!

  • Cabeça

Quem estava bastante exaltado na sessão plenária desta semana era o vereador Aparecido Ramos (PDT) e o alvo de sua fúria era o secretário de Saúde, Carlos Andrade, que – inclusive – esteve na Câmara na semana anterior esclarecendo algumas dúvidas dos edis. Naquela oportunidade, Aparecido até fez algumas indagações a Carlos, mas o tom era bem diferente do demonstrado por ele nesta terça-feira (12). Com o tom de voz bem acima do normal, Aparecido pediu a cabeça do secretário. Disse que ele precisa ser demitido pelo prefeito.

  • Comparação

A Prefeitura de Curitiba lançou um Processo de Seleção Simplificada (PSS) para contratação de trinta médicos. E olhem só que interessante. A Capital do Estado vai pagar aos contratados salário de R$ 4.331,57 para carga semanal de trabalho de 20 horas. Araucária, por sua vez, que abriu PSS recentemente para contratação de médicos, oferece vencimentos mensais de R$ 6.866,75 pelas mesmas 20 horas semanais. Apesar do salário 37% mais alto, o PSS daqui atraiu poucos interessados. Mais uma prova de que o salário oferecido em Araucária não é a razão da dificuldade para contratação desses profissionais.

  • Para o PSL

O advogado Gustavo Botogoski, que ocupa o cargo de diretor jurídico da Câmara, deve se filiar ao PSL nas próximas semanas. O partido, que em Araucária possui dois vereadores em seus quadros, pretende lançar chapa majoritárias nas próximas eleições municipais e Gustavo deve ser o nome escolhido pela legenda para encabeçar a chapa.

  • Não vai, mas não fica

Cotada para também se filiar ao PSL, a presidente da Câmara, Amanda Nassar, não deve fazê-lo. Porém, a vereadora não deve permanecer no PMN. Seu destino deve ser um dos partidos que compõem atualmente a base de apoio do prefeito Hissam.

  • Mais mudanças

Fábio Pedroso (PRP) e Lucia de Lima (MDB) são outros dois vereadores que também não devem permanecer nas atuais legendas caso sejam mesmo candidatos à reeleição. Para quais partidos migrarão, no entanto, ninguém ainda sabe… nem eles.

  • Reduziu

O Tribunal de Justiça do Paraná reduziu a pena aplicada ao ex-vereador Josué de Oliveira Kersten naquela ação em que ele era acusado de ter indicado uma funcionária fantasma para ocupar um cargo em comissão na Prefeitura. O caso havia sido denunciado por uma reportagem da RPC, isso há quatorze anos.

  • De 12 para 6

Em primeiro grau, Josué havia sido condenado pela juíza da Vara Criminal de Araucária, Debora Cassiano Redmond, a 11 anos e 8 meses de prisão. Inconformado, ele recorreu à 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. O julgamento ocorreu no dia 7 de novembro e os desembargadores entenderam que parte dos pedidos do médico deveriam ser providos. Com isso, a pena dele caiu para 5 anos e 10 meses de prisão.

  • Semi

Além da diminuição da pena, o novo tempo também permitirá que Josué inicie seu cumprimento regime semiaberto. Porém, com a mudança recente de entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o momento em que o condenado começa a cumprir a pena, é preciso aguardar para ver se Josué irá ou não recorrer a instâncias superiores.

Texto: Waldiclei Barboza

Publicado na edição 1189 – 14/11/2019

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