Notas Políticas – Edição 1219

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Arrecadação

Os repasses de ICMS do Governo do Estado para Araucária somaram R$ 36.212.458,15 em junho. O valor é líquido. O dado foi um alívio para os cofres públicos municipais, que ao longo dos últimos três meses vinha sofrendo quedas gigantescas em razão da desaceleração da economia por conta da pandemia do novo coronavírus.

Melhora

A arrecadação de junho é imensamente superior à de maio, quando a cidade recebeu apenas R$ 21 milhões. É também muito melhor do que ao apurado no mesmo período de 2019. Em junho do ano passado Araucária recebeu R$ 28,3 milhões.

Anulada

A presidente da Câmara, Amanda Nassar (PSL), decidiu tornar nula a sessão da Câmara do dia 15 de junho de 2015. Naquela oportunidade, mesmo sem o quórum de vereadores, ela abriu os trabalhos, interrompendo-os somente quando a ordem do dia teria início.

1/3

Porém, agora, segundo ato da presidência, ela não poderia sequer ter aberto a fase da sessão que antecede a ordem do dia. Isto porque não havia em plenário o mínimo de 1/3 do total de vereadores. Dos onze, somente três compareceram àquela sessão.

Na janela

O erro cometido por Amanda ao manter a sessão, inclusive com transmissão ao vivo pela internet, mesmo sem haver 1/3 dos vereadores presentes, não agradou alguns de seus colegas de Casa. Até porque a fase da sessão que foi ao ar naquele dia serviu para que alguns dos edis presentes fizessem críticas aos que faltaram. Agora, há quem defenda a abertura de um procedimento contra Amanda, inclusive com pedido para que ela tenha o mandato cassado. Essas ideias, porém, ainda estão em fase embrionária. Se irá prosperar só o tempo dirá.

Guerra

O relacionamento de alguns vereadores com a presidência da Casa, aliás, não anda lá muito bom. Na última sessão plenária, por exemplo, vários edis acusaram Amanda de ter transformado um dos departamentos da Câmara, a Escola do Legislativo, numa extensão de seu gabinete.

Extinção

Na sessão de segunda-feira, 29 de junho, a última antes do recesso de meio de ano, o tom dos trabalhos não foi dos mais amistosos. A vereadora Tatiana Nogueira (PSDB), por exemplo, apresentou um projeto de lei em que pede a extinção da tal Escola do Legislativo, argumentando que ela não serviu para nada e que custaria, no mínimo, R$ 25 mil por mês em salários de comissionados. O projeto também é subscrito pelo vereador Ben Hur Custódio de Oliveira (Cidadania).

Mais gente

Também na sessão de segunda-feira as mesmas acusações de que Amanda transformou a Escola do Legislativo num puxadinho de seu gabinete foram tecidas pelo vereador Fábio Pedroso.

Defesa

Em sua defesa, Amanda disse que irá apresentar um relatório dos trabalhos da Escola do Legislativo e afirmou que estaria aberta a indicações de outros profissionais para atuar no setor, caso seja comprovado que os atuais servidores que lá estão não têm aptidão para o trabalho.

Nervos à flor da pele

O clima na Câmara anda tão tenso entre os vereadores que até um requerimento do vereador Ben Hur para que a Casa passasse a cumprir o quanto antes um projeto de lei de autoria de seu colega, Elias Almeida (Cidadania) deu um estresse básico.

Eu cuido

O projeto em questão é um que determina que a transmissão de eventos públicos, como a sessão da Câmara, tenha tradução em linguagem de sinais. Ben Hur só pediu para que a Presidência da Casa informasse como estava o processo para cumprimento dessa lei quando Elias pediu a palavra para dizer que “dos projetos dele cuidava ele e que Ben Hur não precisava se preocupar”. É cada discussão que a gente vê nessa Câmara que só por Deus.

Inútil

Ainda na Câmara, também houve bastante discussão sobre a qualidade do relatório final da consultoria contratada pela Casa para auxiliar os vereadores na votação do projeto de lei que autoriza a Prefeitura a repassar a concessão dos serviços de água e esgoto da cidade à Sanepar. Segundo alguns vereadores o tal relatório tem a mesma qualidade do esgoto tratado pela Sanepar.

R$ 70 mil

O relatório final dessa consultoria, feita pela empresa EC Azevedo Alves Prestadora de Serviços, foi entregue na penúltima semana de junho e a maioria dos vereadores o considerou insatisfatório. Tanto é que houve quem pedisse à Presidência da Casa que não pagasse pelo serviço.

Indagações

Sobre o documento, a presidente da Casa também disse que não ficou satisfeita com o relatório e que, inclusive, solicitou uma série de esclarecimentos à empresa, que precisará complementar o documento final apresentado à Câmara. Ainda segundo ela, a mesma possibilidade de indagações esteve aberta aos demais edis tão logo a primeira versão do relatório foi apresentada.

Só em agosto

Com a sessão desta segunda concluída, as plenárias ordinárias só voltam a acontecer em agosto. Por enquanto não há previsão de nenhuma sessão extraordinária, porém – considerando que alguns projetos tramitam pela Casa em regime de urgência – deveremos ver os vereadores reunidos ao longo deste mês que se inicia. Aguardemos.

De volta

O prefeito Hissam Hussein Dehaini (Cidadania) recebeu liberação para retornar ao convívio social a partir desta semana. Diagnosticado com o novo coronavírus, ele ficou em isolamento por sete dias e pode retornar porque o exame que demonstrou que ele estava com a doença foi aquele sorológico, que identificou que o prefeito já havia começado a produzir anticorpos para o vírus, o que se dá só a partir do sétimo, oitavo dia. Logo, com os outros sete que ficou em isolamento, ele já foi considerado recuperado.

Texto: Waldiclei Barboza

Publicado na edição 1219 – 02/07/2020

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