Finalmente foi fechado na tarde desta quinta-feira, 7 de maio, o acordo entre a Prefeitura e o Governo do Estado para que a integração do transporte coletivo entre Araucária e Curitiba fosse retomada. Com isso, os passageiros voltam a pagar uma única passagem para ir a Capital. A novidade já vale a partir de hoje (8).
A volta da integração acontece quase três meses depois de o sistema ter sido rompido por uma decisão da Comec, órgão vinculado ao Governo do Estado, e a Urbs, vinculado à Prefeitura de Curitiba. Para que o morador de Araucária voltasse a poder pagar uma única passagem para ir e outra para voltar da Capital, o prefeito Olizandro José Ferreira (PMDB) teve que abrir os cofres municipais e se comprometer a bancar metade das despesas geradas pela integração, que totalizam algo em torno de R$ 800 mil mensais. Esse dinheiro, cerca de R$ 400 mil por mês será repassado à Comec para que o órgão possa pagar a empresa Araucária Transporte Coletivo, que administra as linhas Ligeirinho Araucária/Capão Raso, Portão, Pinheirinho e Avenida das Araucárias.
Conforme Olizandro, a proposta de dividir os custos da integração partiu da Prefeitura de Araucária e foi decidida após a constatação dos enormes prejuízos que o rompimento do sistema causou aos trabalhadores araucarienses. “Para suportarmos essa nova despesa teremos que fazer várias adequações no orçamento do Município, mas não poderíamos deixar que o nosso morador continuasse sendo prejudicado”, avaliou.
Passagem volta a ser R$ 3,30
Com a volta da integração, as telas que dividiam as áreas de embarque municipal e metropolitano nos terminais do Centro e do Vila Angélica foram retiradas. “Fizemos questão de fazer isso hoje mesmo (ontem) porque essas telas simbolizavam um retrocesso no que diz respeito ao direito de ir e vir de nossos moradores. Um retrocesso que não foi provocado pela Prefeitura de Araucária, mas que só resolvido graças a nossa iniciativa”, acrescentou o prefeito.
A retomada do sistema integrado provocou também a unificação das tarifas, que passam a ser de R$ 3,15 no cartão e R$ 3,30 no dinheiro, tanto nos ônibus do Triar como nos metropolitanos. Conforme informações da Companhia Municipal de Transporte Coletivo (CMTC), para que não haja prejuízo a quem já comprou os vales de papel, estes continuarão sendo aceitos, bem como os cartões emitidos pela Urbs e pela CMTC.
Tubos do Cavalo Baio seguem desativados
Outra informação importante é a de que, ao contrário do que foi inicialmente noticiado, os tubos do ligeirinho do Cavalo Baio não serão reativados. O ligeirinho continuará fazendo o trajeto atual. Ou seja, saindo da rodoviária central, vindo pela Rodovia do Xisto, parando no Terminal Vila Angélica e tendo como ponto final o Terminal Capão Raso. “Outras mudanças nesses trajetos serão estudadas, mas por enquanto será este”, esclarece Sandro Martins, presidente da CMTC.
Resolver
Olizandro fez questão de enfatizar ainda a participação dos vereadores de sua base de apoio na Câmara na concretização do acordo. “Aqueles vereadores que estavam realmente preocupados em resolver o problema nos ajudaram a negociar com o Governo do Estado e esta vitória é deles também”, afirmou.
Texto: Waldiclei Barboza / FOTO: carlos poly / smcs / marco charneski