O amontoado de pessoas de Olizandro

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Por menor que seja a cidade, ela não consegue ser administrada de maneira satisfatória sem bons profissionais no comando das secretarias municipais. Se a regra vale para pequenos municípios, imagine então para os maiores, com problemas mais complexos batendo à porta todo santo dia.

Justamente por isso, é preocupante o modo como o prefeito Olizandro José Ferreira (PMDB) conduziu e conduz algumas das mais importantes secretarias da Prefeitura. Essa gestão temerária, aparentemente até despreocupada, é, sem dúvida, a principal razão para vários dos problemas que a cidade simplesmente não consegue resolver, fazendo desta administração, num esforço de otimismo, somente mediana.

Ora, como é possível uma cidade funcionar razoavelmente com sua pasta de Planejamento sem um titular há mais de um semestre? Como aceitar que a Secretaria de Trabalho esteja sem comando há mais de um ano? E esses são apenas dois exemplos do momento. Ao longo de sua administração, Olizandro vem tratando de maneira equivocada cargos importantes de seu primeiro escalão, entregando-os a pessoas sem o mínimo de comprometimento, seja por conta dos acordos de apadrinhamento político que os levaram até o posto que ocupam ou mesmo pela falta de preparo e conhecimento da administração pública desses sujeitos. Embora tenha quase trinta anos de vida pública e que, politicamente falando, seja um vitorioso, Olizandro parece perdido na condução de seu secretariado. Hoje, o prefeito não tem uma equipe para chamar de sua e sim um amontoado e pessoas, algumas extremamente competentes e dedicadas, outras… muitas outras, nem tanto.

Temo por Araucária e pelo desenvolvimento desta cidade quando vejo, como vi por muitos meses, cargos tão importantes como os de diretores gerais de secretarias chaves como de Saúde, Urbanismo, Obras, Governo e outros desocupados, simplesmente esperando a boa vontade do prefeito de encontrar algum substituto para o posto. Do mesmo modo, fico arrepiado quando são colocados nestes postos pessoas sem a mínima aptidão para a função e que nem fazem questão de esconder que estão lá por uma questão de acomodação política.

É de sentir a mesma dor no coração quando vemos a composição das companhias da administração indireta. Não necessariamente por conta dos diretores-presidentes destes órgãos e sim pelo corpo de diretores auxiliares. Todos, sem exceção, têm salários de secretários municipais, mas nem todos, penso eu, possuem as credenciais para ocupá-los e quem perde com isso? A cidade!

Aliás, não só a cidade. Perde também o prefeito, pois – no final das contas – a culpa por tudo aquilo que não der certo recairá sob suas costas. Ainda mais com o perfil atual do corpo de secretários e diretores gerais. Repare que nenhum deles pode ser considerado político, porém – nem todos – merecem ser chamados de técnicos.

Comentários são bem vindos em www.opopularpr.com.br. Uma boa semana a todos e até semana que vem!

Texto: Waldiclei Barboza

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