O jornalismo profissional custa caro

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O Popular circula em Araucária desde 1998. Ou seja, lá se vão 22 anos de história. Uma história dedicada à prática do jornalismo profissional. Prática esta, até então, não difundida no Município de Araucária.

Antes do surgimento de O Popular as parcas tentativas de prática de jornalismo em nossa cidade estavam sempre atreladas a interesses políticos. Os jornais pertenciam a este ou aquele vereador e/ou prefeito ou só circulavam quando patrocinado por este ou aquele órgão público.

O Popular mudou isso. Inicialmente ainda de maneira atropelada. Errou muito, mas com o passar dos tempos acertou na fórmula. E fez isso ao entender que a razão de existir do jornal é a notícia, sendo que é a partir dela que todo o restante se desdobra.

Ao entendermos que é a notícia que importa, estruturamos a empresa para que ela fosse sustentável. E ser sustentável passa por entender que o jornalismo profissional só se mantém graças aos seus anunciantes, sejam eles comerciantes, profissionais liberais, grandes corporações ou órgãos públicos. No caso de O Popular, que optou necessariamente por cobrir quase que exclusivamente o que acontece dentro dos limites de Araucária, esses anunciantes são as personalidades jurídicas instaladas aqui ou que têm interesse no mercado de consumo local.

Em tempos como o que vivemos atualmente, O Popular sofre financeiramente. Sofre porque se as empresas de nossa cidade não vão bem, nós também não vamos. Dependemos essencialmente do comércio. Assim como dependemos de nossos leitores, sejam os eventuais, sejam os mais contumazes.

O sofrimento financeiro, porém, não faz O Popular se afastar de sua razão de existir, que é informar. E para isso mantemos a melhor equipe possível. São jornalistas e repórteres fotográficos profissionais, os quais – mesmo em homeoffice – estão diuturnamente trabalhando e pesquisando a melhor forma de levar conteúdo relevante à nossa comunidade. Mesma dedicação é a de nosso setor comercial e administrativo, todos empenhados para que você tenha o melhor jornal, aquele que é – você gostando ou não de nossa linha editorial – Especialista em Araucária.

Manter O Popular em pé custa caro. Temos mais de uma dúzia de colaboradores, sejam contratados pelas regras da CLT e/ou prestadores de serviço. Pagamos impostos. Gastamos com impressão e logística. Com servidores para manter nossas ferramentas digitais online. Com assessoria jurídica. Com a manutenção de sistemas. Com o aluguel de nossa sede. Com equipamentos. Com material de expediente e assim por diante. E temos orgulho de dizer que, apesar da crise momentânea, não dispensamos um colaborador que fosse e não suprimimos nem um de seus direitos.

Toda essa estrutura só se mantém em pé há mais de duas décadas porque somos sérios. Porque temos a confiança de nossos anunciantes e leitores. Porque sabemos fazer o que fazemos. E o que fazemos é jornalismo profissional. Aquele com responsabilidade. Aquele baseado em fatos. Aquele que dá trabalho! Aquele que gera reação, algumas até de ódio e energia ruim. Aquele que desperta nos mais pobres de espírito e limitados intelectualmente tentativas atabalhoadas de prejudicar O Popular e seus colaboradores.

O Popular jamais deixou de dar as notícias que precisavam ser dadas, mas faz isso sempre respeitando as regras de ouro de jornalismo: apurando antes, verificando a relevância, a pauta, não se deixando usar para interesses políticos individuais e, principalmente, com independência. E, independência aqui, é decidir se essa ou aquela matéria vem ao encontro de nossa linha editorial.

Se você teve paciência para ler este texto até aqui já deve ter constatado que manter uma empresa de jornalismo em pé não é fácil, não é barato e não é para amadores. Respeitamos e incentivamos a liberdade de expressão, mas é importante que não a confundamos com liberdade de imprensa. Esta segunda só pode ser exercida por órgãos de imprensa e, em Araucária, são poucos que legalmente sustentam essa condição. E são poucos justamente porque não é tarefa para amadores manter uma empresa num país como o Brasil com sua complexa e pesada carga tributária direta e indireta.

Caminhando para conclusão desse extenso editorial, agradecemos novamente ao apoio dos milhares de leitores de O Popular, que diariamente acessam as matérias que produzimos e que, concordando ou não com o seu teor, a respeitam. Da mesma forma, agradecemos as centenas de anunciantes que possuímos e que, dentro de suas possibilidades, investem em O Popular para divulgar suas empresas. Saibam que estamos sempre aqui para fazer o melhor por vocês, ainda mais em tempos como os atuais em que todos sofremos em razão dos reflexos econômicos da crise pandêmica causada pelo novo coronavírus. Tenhamos todos esperança! Boa leitura!

Fernanda Dutra Marqueto
Sócia Administradora, diretora administrativa e
comercial de O Popular do Paraná

Waldiclei Barboza
Sócio cotista, editor de Jornalismo de O Popular do Paraná

Publicado na edição 1221 – 16/07/2020

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