O mal oculto

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São mais de quatrocentos tipos diferentes de depressão. Vão desde uma irritabilidade inexplicável, uma rabugice sem motivo, até o ódio extremo, chegando ao suicídio. Sem falar dos distúrbios combinados, como por exemplo, a bipolariadade. Só mesmo uma pessoa que vive esse drama pode descrever ou entender. Ou não. Essa é uma doença que não restringe seu raio de destruição à vitima. Alcança e penaliza principalmente as pessoas que convivem com o doente, que muitas vezes nem sabe que o é.

Muitas vezes é vista como fraqueza de caráter, desânimo, preguiça. Há pessoas que cobram do depressivo que ele saia sozinho do seu problema, que reaja ao mal, como se houvesse possibilidade da vítima fazer isso por conta própria, sem ajuda psicanalítica ou de remédios. O mais importante nesses casos é o diagnóstico. A partir do momento que se sabe que a pessoa está doente é possível buscar ajuda.

Um dos tipos mais insidiosos de depressão é a pós-parto. Um mecanismo ainda não inteiramente desvendado pela ciência, ligado ao estresse do parto ou ao déficit de nutrientes dispara um desequilíbrio interno de serotonina e a mulher começa a apresentar um comportamento atípico, que pode variar da irritabilidade à extrema agressividade, podendo culminar em casos mais graves chegando a tragédias, como a relatada na reportagem da página 36 desta edição onde as pessoas, no local do ocorrido comentavam a possibilidade de esta ter sido a causa de tudo. Um pesadelo por vezes difícil de se antever. Pense nisso e boa leitura.

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