O orgulho devora a si mesmo

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O orgulho pode ser o pior dos venenos, pois cega à pessoa e a impede de admitir a verdade. A frase, de autoria desconhecida, reflete bem um dos grandes desafios para quem se dispõe ao ofício de noticiar os acontecimentos de uma comunidade.

Toda vez que abordamos algum tema positivo, é comum os envolvidos nos elogiarem, nos chamarem de competentes, éticos, equilibrados e por aí vai. Mas quando noticiamos que estas mesmas pessoas fizeram algo errado, porém com a mesma isenção e equilíbrio, também é comum que os mesmos envolvidos digam agora que o jornal não presta, não sabem o que fazem ou, pior, acusam de dar destaque intencionalmente para prejudicar a imagem.

Normalmente o jornal é quase sempre o único que se dispõe a escrever sobre todos os assuntos, bons ou ruins e, a escrever suas opiniões. Jornal impresso não dá para apagar, como se faz com um post em alguma rede social na internet. Assim, as pessoas acompanham o que se passa e se informam para, só então, formar sua opinião.

Quando alguém acusa o jornal de prejudicar sua imagem por ter divulgado algo ruim, se esquece que o que o prejudicou não foi o jornal e sim a ação noticiada que foi a pessoa quem fez. O jornal apenas conta para todo mundo. É sua função.

Mas entre o que ocorreu e foi noticiado e o que os envolvidos se dispõem a admitir tem o fator personalidade e honestidade. Estes dois elementos vão ser tão positivos quanto menor for o orgulho e a vaidade destas pessoas. O interessante é que, quanto menos coragem de admitir a verdade, mais prejudicada vai ficando a pessoa. Ah, o título deste editorial é atribuído a William Shakespeare. Pense nisso e boa leitura.

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