O Parque é de todos!

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Na coluna Notas Políticas desta edição, dedicamos alguns parágrafos a uma festa que nos tomará o Parque Cachoeira durante todo o feriadão prolongado. Sim, perderemos a quase única opção de lazer das famílias araucarienses para que um particular aufira lucro em detrimento de uma cidade inteira.

Durante os quatro dias da tal festa, ninguém poderá acessar a parte mais movimentada do Parque Cachoeira sem pagar um ingresso razoavelmente caro: R$ 24. Como se somente isso já não fosse motivo o suficiente para criticar o evento, há outros pontos muito estranhos na decisão da Prefeitura de “ceder” aquele espaço a um particular. Isto porque, por todos os ângulos que se olhe, não há justificativa para isso. Acontece que a tal festa, embora travestida de um viés polonês, pouco valoriza a história local deste povo.

Praticamente não há participação de descendentes locais nas apresentações que lá ocorrerão. Do mesmo modo, comerciantes e feirantes de Araucária foram quase que todos deixados de lado na montagem da praça de alimentação do evento. Resumindo, não há justificativa para que uma festa destas ocupe um lugar público como o Parque Cachoeira. A história fica ainda mais sem sentido quando se leva em conta que a apropriação do Parque por quatro dias vai custar míseros R$ 15 mil (ou algo aproximado disso) aos organizadores. Ou seja, por menos de vinte mil reais a Prefeitura tirou da população nossa principal área de lazer por quatro dias de um feriado prolongado. Isso é inadmissível.

O poder público municipal precisa urgentemente rever suas práticas. Parar para pensar se eventos particulares devem ser realizados em espaços de uso comum (ainda mais quando eles são tão poucos) sob a justificativa de que em “Araucária nunca tem nada de diferente”. Precisamos sim que o cenário local seja movimentado, mas isto tem que ser feito de maneira adequada. Onde está, por exemplo, o nosso mais do que necessário Centro de Eventos? Era lá que uma festa destas deveria estar sendo promovida e não numa área de lazer e de preservação ambiental como o Parque Cachoeira.

Enfim, por todos os aspectos que se olhe, é inaceitável que o particular se aproprie assim do público. Pensemos nisso e boa leitura.

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