O que vem por ai?

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As ordens de busca e apreensão cumpridas na semana passada em Araucária deixaram, por enquanto, mais dúvidas do que respostas a população.

Determinadas por um desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná em razão da chamada prerrogativa de foro a que tem direito o chefe do Executivo municipal, a ação não é tão fácil de entender como outras incursões do Ministério Público em Araucária nos últimos anos.

Em ações anteriores, o desenho das acusações era muito claro e de fácil entendimento, pois havia delações, vídeos, valores em espécie, propina e coisas do gênero. As ações de agora, porém, não trazem tantas obviedades. Pelo menos não por enquanto.

Independentemente da dificuldade de entender, é importante que toda a comunidade araucariense fique atenta a eventuais desdobramentos dos fatos da semana passada. Isso porque, como se sabe, estamos em ano eleitoral e invariavelmente acontecimentos como esses podem sim interferir de alguma forma no andamento do jogo.

O modo como essa interferência se dará é outro ponto que merece nossa atenção. Não está cristalino ainda quem perde e quem ganha eleitoralmente com a nova incursão do MP pela terra dos pinheirais. A utilização desses fatos, aliás, considerando que o tempo do Poder Judiciário costuma ser bem mais lento do que o tempo do processo eleitoral, é algo que fará com que os marqueteiros políticos percam algumas noites de sono para decidir como explorá-los. Pensemos nisso e boa leitura.

Publicado na edição 1203 – 12/03/2020

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