O serviço público de Araucária pede socorro

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Esta Coluna é de responsabilidade do Sismmar e não representa necessariamente a opinião do jornal O Popular

A pandemia de coronavírus mostrou que os serviços públicos, como saúde, educação e assistência social, precisam de maiores investimentos por parte dos governos. Mesmo assim, muitos prefeitos e governadores, além de Jair Bolsonaro, continuam compactuando com o desmonte dos serviços e atacando os trabalhadores.

Em Araucária, no momento em que a população mais precisa dos servidores públicos, a gestão Hissam opta por atacar os direitos da categoria. No dia 22 de maio, em reunião com os sindicatos que representam o funcionalismo público municipal, que está há 8 anos sem aumento real no salário, o prefeito negou um reajuste de 2% para este ano.

Além disso, Hissam se aproveita da pandemia para dar um calote na Previdência dos servidores com regime próprio. Nesta terça-feira (16), a Prefeitura encaminhou um projeto de lei para a Câmara Municipal que visa suspender o pagamento da alíquota patronal até dezembro deste ano.
Com essa tentativa de calote do prefeito, cerca de R$ 23 milhões podem não ser repassados ao Fundo de Previdência Municipal de Araucária (FPMA). O projeto tramita na Câmara em regime de urgência, enquanto os próprios representantes do Fundo denunciam que o projeto sequer chegou a ser discutido com a entidade.

A população de Araucária já não pode mais aceitar essa gestão, que trata os serviços públicos com extremo descaso e que, em vez de promover uma política séria de combate à Covid-19 para proteger vidas, aproveita-se da crise sanitária para atacar direitos conquistados através de muita luta pelos trabalhadores.

O caminho que Hissam trilha em Araucária é o mesmo caminho que Bolsonaro segue no Executivo e que está afundando o país em uma crise sem precedentes. É urgente que o prefeito mude de postura e comece a trabalhar para o povo, o que inclui investir nos serviços públicos e valorizar o trabalho dos servidores municipais.

São os servidores da saúde que hoje estão na linha de frente de combate ao coronavírus. São os professores da rede pública que hoje estão fazendo o que podem para minimizar todas as dificuldades do ensino à distância. São os trabalhadores do serviço social que atendem as pessoas em situação de vulnerabilidade social, entre tantos outros serviços fundamentais à população. É inaceitável que o governo Hissam ataque os direitos desses trabalhadores.

Neste momento, o Paraná sofre com o aumento expressivo no número de contaminados por coronavírus e com o possível colapso no sistema de Saúde. Em Curitiba, 85% dos leitos de UTI já estão ocupados. Em Araucária, 2 pessoas já morreram de Covid-19 e 197 testaram positivo para a doença até quarta-feira (17).

O que o prefeito e sua equipe vão fazer para proteger a população? A proposta para combater essa crise é atacar os direitos de quem trabalha na saúde, educação, assistência social e segurança? Os servidores de Araucária não vão aceitar pagar essa conta!

O SISMMAR segue firme na luta por nenhum direito a menos e conta com o apoio da população para defender os serviços públicos do município!

Publicado na edição 1217 – 18/06/2020

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