Outros tempos

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É inegável que os tempos são outros. Em Brasília, vemos diariamente grandes nomes dá República serem reduzidos a pó pela prática de ações que nunca foram republicanas, mas que – infelizmente – sempre foram toleradas pela sociedade. Foi assim no governo Dilma, com a Lava Jato levando ao banco dos réus estrelas do PT, está sendo assim com Michel Temer, que mal assumiu o comando do país e já viu um dos principais nomes de sua equipe ser alcançado por uma delação premiada. Isto prova que, ao contrário do que se dizia, aparentemente não há um acórdão em andamento no país para livrar alguns privilegiados das mãos da Justiça.

Trazemos a baila o exemplo daquilo que está acontecendo em Brasília numa tentativa de sensibilizar os políticos locais de que, por aqui, os tempos também são outros. Ora, se a Justiça está sendo capaz de por as mãos em figurões da República porque o mesmo não será feito aqui.

Os tempos são tão outros que acabamos de ver a comunidade araucariense participando ativamente das discussões acerca da ampliação ou não do número de vereadores. Seja pelas redes sociais, seja nas plenárias da Câmara, seja nas audiências públicas, cada vez mais estamos vendo rostos comuns brigando por um jeito diferente de fazer política e os políticos que estão aí que não se adaptarem a isso estão fadados ao fracasso.

E fracasso nos tempos atuais não quer dizer apenas a perda de uma eleição. Fracasso pode ser o político, mesmo que consiga se reeleger, não conseguir fazer diferença alguma no dia a dia de uma pessoa. Fracasso pode ser a cons­tatação de que, mesmo reeleito, ele é um ser insignificante para a opi­nião pública. Fracasso, no íntimo do político, pode ser a vergonha, mesmo que não admitida, do cargo que ocupa. Fracasso, por fim, pode ser a vitória numa eleição, mas a prisão no dia seguinte. Por tudo isso, fica a torcida para que todos os nossos homens públicos optem por largar mão dos velhos hábitos, passando urgentemente a defender os interesses de toda a cidade. Pensemos nisso e boa leitura.

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