Pais não concordam com fechamento de CMEIs

Crianças do CMEI Manoel Bandeira II serão remanejadas para outras unidades e essa mudança gerou protesto de alguns pais
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Pais não concordam com fechamento de CMEIs
Crianças do CMEI Manoel Bandeira II serão remanejadas para outras unidades e essa mudança gerou protesto de alguns pais

 

A notícia de que a Prefeitura fechará alguns Centros Municipais de Educação Infantil – CMEIs a partir do ano que vem caiu como uma bomba na cabeça dos pais. Uma destas unidades é o CMEI Manoel Bandeira II, que fica no Jardim Iguaçu. Segundo os pais, a medida adotada pela Prefeitura vai prejudicar centenas de crianças, sem contar que a qualidade no atendimento está ameaçada.

Na terça-feira, 15 de agosto, o secretário municipal de Educação, Henrique Theobald, esteve no CMEI Cachoeira para falar com os pais e explicar a situação. No entanto, os pais alegam que nenhuma explicação plausível foi apresentada. “O secretário comunicou aos pais que outros CMEIs também iriam fechar e começou seu discurso justificando que seria por causa da crise, mas não apresentou motivos reais. O receio é que as crianças não tenham a qualidade que eles estão prometendo, pois se já saíram das unidades por causa da superlotação, porque as educadoras infantis estão sobrecarregadas, não sei qual a proposta em transferir as crianças para outras unidades e superlotar ainda mais as salas”, disse Sérgio Almeida, que tem uma filha no CMEI Cachoeira.

Ele comentou ainda que já fez vários questionamentos à administração e que também procurou apoio dos vereadores para reverter o quadro. “Os únicos vereadores que manifestaram interesse em apoiar os pais foram o Fábio Alceu e o Bem Hur. Inclusive o Fábio me acompanhou no CMEI esta semana, onde conversamos com a coordenadora e esta confirmou que algumas unidades apresentam deficiências. Então questiono o porquê de o Município não fazer as adequações necessárias nestas unidades, buscar recursos para construir os CMEIs planejados, enquanto isso deixaria os demais funcionando como estão. Mas eles preferem fazer todas estas mudanças, construir um CMEI gigante e colocar centenas de crianças lá. Como vamos confiar que teremos segurança em deixar nossos filhos nesses lugares novos?’’, questionou.

A mãe Larice Alves comentou que a filha foi chamada na fila de espera do CMEI Manoel Bandeira há cerca de três semanas apenas. “Ela estava na fila de espera há cerca de um ano e agora que chamaram terá que ir para outro local. O que mais me deixa com raiva desta administração é que nosso prefeito está querendo fechar os CMEIs e abarrotar as salas de outras unidades, causando uma superlotação. Pra eles o que vale é a quantidade e não a qualidade. Acho que ao invés de fechar deveriam construir mais unidades. A escolinha pública é um direito de toda criança e não somente dos filhos cujos pais trabalham”, disse.

Muitas mudanças

O secretário Henrique Theo­bald explicou que as mudanças só serão implantadas em 2018 e fazem parte de um projeto amplo de reestruturação da Secretaria de Educação, cujo objetivo de reduzir a fila de espera pela metade. Hoje, de acordo com ele, 2.500 aguardam por uma vaga e a meta é reduzir este número para 1.200 em 2018, e em 2019, a Prefeitura pretende zerar a fila.

“Dentro desse projeto pretendemos construir um mega CMEI na região do Industrial, onde serão atendidas 500 crianças, pois é justamente naquela região que a fila de espera é maior. Também vamos reduzir o Pré I para meio período. Quanto às crianças que frequentam o CMEI Centro, que também será fechado, vamos remanejá-las para a Escola Werka, onde três salas ficarão vagas por conta da estadualização dos sextos anos, que irão para o Colégio Szymanski”, elucidou o secretário.

Henrique comentou ainda que no CMEI Jardim do Conhecimento serão construídas quatro novas salas para abrigar mais crianças. O CMEI Parque das Pontes será fechado por conta de vários problemas, e as crianças serão remanejadas para o CMEI Capinzal, que ficará pronto no início de 2018. As crianças do Pré dos CMEIs Manoel Bandeira II e Cachoeira II irão para o CMEI Torres, que tem algumas salas ociosas, e lá também serão ampliadas turmas de maternal e berçários I e II. “Com estas mudanças também conseguiremos liberar algumas atendentes que vão atuar no CMEI Industrial”, pontuou.

 

Texto: Maurenn Bernardo / Foto: Marco Charneski

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