Paralisação foi grande, mas protesto foi mixuruca

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Paralisação foi grande, mas protesto foi mixuruca
Talvez tenha sido o frio que esvaziou o protesto

Como esperado, o grosso da adesão à paralisação convocada pelos sindicatos que representam o funcionalismo municipal, SIFAR e SISMMAR, foi de servidores das secretarias de Saúde e Educação. Nas demais pastas, pouca gente não foi trabalhar.

A paralisação aconteceu na terça-feira, 27 de maio. O SISMMAR estimou que a adesão ao movimento foi de 80% do funcionalismo. O SIFAR falou em mil funcionários. Por sua vez, a Prefeitura informou que 70% dos postos de saúde, 60% das escolas e 50% das creches não funcionaram plenamente. Independentemente de quem esteja certo, o fato é que pouca gente foi efetivamente para frente da sede do Poder Executivo municipal para protestar, conforme havia sido combinado em assembleia. Ali, pouco mais de trezentas pessoas deram às caras.

A intenção da paralisação era pressionar a Prefeitura a rever a proposta que fez em resposta aos pedidos dos sindicatos. Não deu certo. O Município afirma que já está fazendo das tripas coração para poder pagar a primeira parcela do 13º em julho e reajustar o vencimento do funcionalismo em 6%, em duas parcelas (3% em novembro e 3% em dezembro). Já com relação às progressões, elas só serão pagas quando houver disponibilidade financeira.

Diante do fracasso do protesto de terça, os sindicatos decidiram fazer “mais do mesmo”. Ou seja, realizar uma nova assembleia, a qual foi marcada para o dia 13 de junho para analisar eventuais novas propostas, as quais – segundo a Prefeitura – não serão feitas. As entidades ainda afirmaram que formarão grupos para debater com a população a situação do serviço público municipal. É bom salientar, no entanto, que as reivindicações feitas pelos sindicatos nesta rodada de protesto em nenhum momento versaram sobre condições de trabalho. Eles só pediram vantagens financeiras. Outra deliberação foi o agendamento de assembleia para o dia 15 de julho com o intuito de deflagrar greve. Obviamente, a data coincide com retorno dos professores das férias de meio de ano. A propósito, durante as férias da categoria, não há nenhum tipo de ato agendado.

 

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