Pau que bate em Chico precisa bater em Francisco!

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Araucária sempre clamou para que o Ministério Público assumisse um papel de protagonista diante das causas da cidade. Tanto é que há algum tempo quase que virou uma má­xima a expressão “E o Ministério Público, não faz nada?”.

Ao longo dos últimos anos, felizmente, a atuação do Ministério Público desabrochou. Temos hoje promotores de justiça que nada se comparam aqueles que outrora pisaram na terra dos briosos tinguis, principalmente nas questões afetas aos crimes do colarinho branco e na garantia de direitos. A atuação dos fiscais da lei se tornou mais efetiva, principalmente nas áreas de Defesa do Patrimônio Público, Infância e Juventude, Saúde e outras. Ainda não é o ideal, obviamente, mas é inegável que essa presença no dia a dia da cidade já aumenta na população a sensação de justiça sendo feita.

E quando falamos em justiça sendo feita isso não se resume apenas ao fato de criminosos indo para cadeia. Esta, aliás, talvez seja apenas a face mais visível da atuação do MP. A mais virtuosa, no entanto, é o efeito didático, a correção de rumos que uma promotoria efetiva proporciona, principalmente em órgãos da administração pública, responsáveis pela execução das políticas de atendimento ao cidadão.

Vejamos, por exemplo, os bons frutos que a atuação do MP junto à Câmara ao longo da última legislatura proporcionou. Foi graças à Promotoria de Defesa do Patrimônio Público que o Poder Legislativo se tornou menos perdulário, efetivando projetos de lei que resultaram na diminuição dos cargos em comissão, na manutenção das cadeiras da Casa em onze, entre outras coisas.

Esse protagonismo do MP, porém, não gera consequências apenas aos gestores e sim a toda a sociedade. Vimos isto, inclusive, nas recentes discussões acerca da construção irregular de uma capela sobre um imóvel pertencente ao Município. Alguns, abalados pela necessidade de desocupar o espaço de cultos, chegaram a dizer que o Ministério Público deveria se preocupar com outras coisas, que aquilo não era prioridade. Ledo engano, aquilo era sim prioridade. Obviamente não porque se tratava da desocupação de um imóvel que servia a uma igreja e sim porque era o certo a se fazer.

Devemos aplaudir a ação do MP nesse caso específico, assim como no caso da diminuição dos CCs, da operação Fim de Feira e tantos outros. Não podemos aplaudir apenas quando a aplicação da lei é feita em algo que não me afeta. Devemos aplaudir em todos os casos. Pau que bate em Chico tem que bater em Francisco. Pensemos nisso e boa leitura!

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