Pau que bate em chico…

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Recentemente, este periódico noticiou que algumas entidades da sociedade civil de Araucária organizam-se para participar de manifestação popular em Curitiba, neste começo de abril. A nota diz que a manifestação pode ser maior que a ocorrida em março e que as entidades informam que o motivo é protestar contra a corrupção. Tal notícia, merece ser analisada em 3 aspectos: 1 – Seja grande ou pequeno o número de participantes, a iniciativa mostra a louvável mobilização popular que está ocorrendo para melhorar o país, pois só não é contra a corrupção quem está roubando junto. Vê-se que a população procura aproveitar os espaços que a democratização da sociedade abriu para a expressão de todos. 2 – O fato da manifestação de entidades locais ocorrer em Curitiba, dá a impressão de que os organizadores buscam os holofotes e as câmeras da grande mídia ou que veem sua dificuldade em mobilizar a comunidade. Pode ser, ainda, que exista outra intenção que eu desconheça. Por falta de corrupção local é que não é, vez que esse desvio de conduta é conhecido desde os tempos bíblicos e estende-se a áreas que vão além da política, não escapando Araucária de tal flagelo. A corrupção está presente em todas as profissões e classes sociais e é um tipo de crime a que todas as camadas da sociedade estão sujeitas ao convívio, nas suas diferentes expressões. 3 – Saberão os organizadores e manifestantes manter-se afastados dos objetivos político-partidários, lícitos ou ilícitos, normalmente presentes nas grandes manifestações? Além do protesto contra a corrupção, considero lícitos os objetivos daqueles que querem mostrar os defeitos do grupo político que exerce o terceiro mandato presidencial consecutivo, com vistas a derrotá-lo nas próximas eleições. Porém, considero ilícitos os que pretendem interromper a paz democrática vigente, ao pedir o afastamento dos eleitos ao arrepio da lei. As forças armadas brasileiras são constitucionais e patrióticas, não se prestando ao desrespeito das leis vigentes. Em 1964, eu era ainda criança e não acompanhei as manifestações pró e contra o governo da época, que terminaram por desviar os militares de suas funções constitucionais. Agora sei que João Goulart, no dia 13 de março daquele ano, reuniu uma grande multidão na Central do Brasil e milhares participaram da Marcha com Deus Pela Liberdade logo depois, no dia 19. O ambiente de instabilidade criado desembocou na intervenção militar e durante toda minha vida estudantil pude sentir o clima pesado do regime autoritário, onde só eram permitidas manifestações favoráveis. O que resta é lembrarmos o que disse o Procurador Geral da República Rodrigo Janot, em expressão usada normalmente para descrever a justiça divina que a todos é igualmente aplicada: “O pau que bate em Chico, bate também em Francisco”. A visão clara do que é preciso realmente combater é que conduzirá a nação brasileira ao futuro grandioso que merece. Esse futuro virá com a continuidade do regime de governo que tem trazido crescimento econômico e social, sendo respeitado pelos verdadeiros democratas: a democracia.

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