Petrobras confirma privatização de refinarias no Paraná, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul

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A venda vinha sendo planejada desde 2016 e em 3 semanas a diretoria da estatal pode aprovar o início do processo. A intenção é se desfazer dos blocos Sul e Nordeste, com 2 refinarias, 9 dutos e 7 terminais.

Neste pacote, está a Refinaria Getúlio Vargas, a Repar. Principal fonte de recursos do município de Araucária, tanto no que se refere a impostos, quanto aos empregos gerados diretamente por ela, indiretamente por suas terceirizadas ou empresas que fornecem produtos para o processo além da relação com o comércio local.

Portanto, a notícia veiculada em 19/04 deixa moradores e funcionários do município em estado de alerta. A cidade sofrerá uma grave quebra com cortes e políticas de demissão, comuns nos processos de privatização e já observados na venda de outras grandes estatais (malha ferroviária, mineradoras, teles, etc.).

Os trabalhadores da refinaria, que sempre lutaram conosco, apoiando nossas reivindicações, correm grave risco de ter que se submeter ao novo grupo empresarial (provavelmente estrangeiro). As únicas opções aos funcionários serão: mudarem-se de cidade, SE houver vaga em outra refinaria, ou aceitarem condições de trabalho certamente desfavoráveis em relação às atuais.

As consequências econômicas são óbvias.

Quanto aos funcionários da prefeitura, segundo o secretário de governo do município Genildo Carvalho (em entrevista à Gazeta do Povo de 19/04) “Se acontecer alguma baixa brusca na arrecadação, não temos dinheiro nem para pagar a folha de pagamento” Na mesma entrevista, o secretário também disse estar otimista, pois uma empresa estrangeira poderia investir mais em Araucária.

Seria muito, realmente, esperarmos que os gestores do município — que não conseguem compreender questões básicas, como a necessidade de se valorizar a Educação e seus profissionais — se posicionassem com responsabilidade diante de tal notícia.

Lutamos pela aplicação correta do grande volume de recursos (em média um bilhão de reais por ano, para um município com 130 mil habitantes!) por todos esses anos, e agora, ainda com estrutura precária e profissionais adoecendo pela excessiva demanda de trabalho, assistiremos ao desmonte da Repar.

Você sabia? Entre os anos de 1947 a 1953, uma grande mobilização popular lutou para que o petróleo fosse explorado por empresa estatal brasileira, para impedir que as riquezas geradas com o consumo de combustíveis fosse levado para fora do país.

 

 

Publicado na edição 1110 – 26/04/2018
Petrobras confirma privatização de refinarias no Paraná, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul

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