Polícia Civil identificou possível autora das ameaças racistas

Em uma das ameças Janete recebeu um bilhete com recortes de revistas e uma banana
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Polícia Civil identificou possível autora das ameaças racistas
Em uma das ameças Janete recebeu um bilhete com recortes de revistas e uma banana

 

Após uma série de investigações, a Polícia Civil de Araucária conseguiu identificar a possível autora das ameaças racistas contra a confeiteira Janete Martins. De acordo com o delegado Messias Antônio da Rosa, a vítima fez o auto de reconhecimento e confirmou se tratar da mesma mulher que esteve em sua casa na ocasião da primeira ofensa racial. “A Janete fez um retrato falado que bate com as características da suspeita. Nós já ouvimos a suspeita e ela nega as acusações, mas as investigações prosseguem, no sentido de desvendar se esta pessoa que esteve pessoalmente na casa da confeiteira é a mesma que enviou os bilhetes, das ligações ameaçadoras no seu celular e mensagens de texto pelo WhatsApp”, explicou o delegado.

Ele disse ainda que o chip do celular utilizado nas ligações tem o código DDD do estado do Nordeste, mas quem utilizou o chip teria sido uma mulher de São Paulo. “Estamos aguardando para poder colher o depoimento desta pessoa e descobrir se alguém usou o número dela indevidamente ou o que de fato aconteceu”, acrescentou.

Alívio

A confeiteira Janete Martins comemorou o avanço nas investigações. “Fiquei muito aliviada e espero que tudo seja esclarecido da melhor forma possível. As investigações vão continuar, porque a polícia ainda precisa confirmar se a pessoa que esteve na minha casa da primeira vez é a mesma que enviou os bilhetes, fez as ligações e mandou mensagens via celular. De qualquer forma fico aliviada em saber que a justiça está trabalhando”, disse.

Relembre o caso

Janete Martins já sofreu cinco intimidações. A primeira foi em janeiro, pessoalmente, quando uma suposta cliente disse que não contrataria seus serviços pelo fato dela ser negra. No dia 17 de fevereiro Janete recebeu um bilhete ameaçador na caixa de correio. Em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, ela recebeu um pacote de presente que escondia bananas e outro bilhete racista, escrito com recortes de revistas. Na madrugada do dia 22 de março, o suposto criminoso atacou novamente, desta vez através de ligações ameaçadoras no seu celular e mensagens de texto pelo WhatsApp.

Na madrugada do dia 14 de abril a confeiteira Janete foi vítima do quinto ataque racista. Desta vez ela recebeu um novo bilhete, escrito com recortes de revista e colado no verso de um papel preto, junto com alguns chocolates.

 

Texto: Maurenn Bernardo / Foto: Marco Charneski

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