Polícia Militar prende três assaltantes da loja Niihau

Depois de mentir, Conrado, Pedro e Roberto admitiram suas reais identidades
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Depois de mentir, Conrado, Pedro e Roberto admitiram suas reais identidades
Depois de mentir, Conrado, Pedro e Roberto admitiram suas reais identidades

Depois de ter sido vítima de bandidos várias vezes, novamente a loja da Ni­ihau foi assaltada. A ação aconteceu na manhã de sexta, dia 1º de julho, quando três elementos, entraram na loja estando um deles armado de uma pistola e levaram roupas, tênis, celulares, dinheiro e um notebook. Em seguida fugiram em um carro de cor prata.

No mesmo dia, por volta de 22h, integrantes da Polícia Militar que faziam ronda de rotina, receberam uma denúncia anônima de que os três estariam em uma pousada na rua Estanislau Trau­czynski Sobrinho, jardim Santa Regina. A equipe rapidamente se deslocou até o endereço e viu um Peugeot 206, cor prata, placas HXJ-8562, da cidade de Sombrio-SC, estacionado na frente. Era a mesma descrição do carro usado no assalto. Fizeram a abordagem e encontraram três elementos em um quarto. Como foram pegos de surpresa, se entregaram sem resistência. A ação rápida da polícia evitou que eles passassem as mercadorias roubadas para frente e ainda estava quase tudo lá. Trezentas e quinze peças entre roupas, bonés e tênis, cinco celulares e o notebook. Ainda tinham uma pistola calibre 380 com trinta munições.

Tudo falso

Para os PMs, eles apresentaram os documentos com os primeiros nomes de Michelangelo, Felipe e Juan. Em seguida foram encaminhados, junto com as mercadorias para a Delegacia, onde os três foram reconhecidos pelas vítimas. Na hora de lavrar o auto de flagrante, o escrivão Mateus Faria fez algumas perguntas e começou a desconfiar que eles estavam mentindo quanto suas identidades. Examinou os documentos e dois deles era perfeitos, mas outro era uma falsificação evidente. Começou a apertar os três e aquele que inicialmente se identificou como Michelangelo admitiu que seu nome verdadeiro seria Adir. Mateus fez nova checagem e descobriu nos registros que este segundo nome tinha uma foto diferente e, para piorar, o bandido não soube dizer os nomes de seus avós. Também não era seu nome verdadeiro. Somente depois de intenso trabalho de pesquisa, o escrivão descobriu o verdadeiro nome dos três. Este que deu dois nomes trata-se de Roberto José da Silva Patene, 38 anos, foragido da penitenciária de Cascavel onde estava preso justamente por roubo. Outro elemento foi identificado como Pedro dos Santos Barros, 20 anos, também foragido da cadeia da cidade de Bela Vista do Paraíso, cidade da região norte do Paraná. Responde por roubo e tráfico de drogas. O terceiro é Conrado Tales da Silva, 25 anos e tem contra si três mandados de prisão em aberto, por roubo e tráfico de drogas também.

Segundo informações levantadas pelo escrivão, eles ainda estavam na pousada onde foram presos porque Roberto, que já mora em Araucária há dois anos, tinha um relacionamento com uma moradora daqui, mas que, por sua vez, também foi enganada, pois pensava que seu nome era o tal Michelangelo. Os três teimaram em falar os nomes falsos, mas desistiram depois que o escrivão contou o que havia descoberto e revelaram a verdade.

Só na TV

Ao contrário do que ocorre nos filmes da TV, nosso sistema não é identificado e as delegacias não tem sistema para coleta de identificação biométrica. Se os bandidos teimassem em não revelar seus nomes verdadeiros seria preciso que um perito da Polícia Civil viesse até a delegacia para coletar as impressões digitais e, só então colocar no sistema para fazer as buscas. Para complicar mais, cada unidade da federação tem um sistema que não conversa com o outro. No Brasil, para que a coisa funcione é muito mais no faro que os policiais conseguem descobrir as informações.

Texto: Carlos do Valle / FOTO: divulgação

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