Policiais impedem a fuga de presos da Delegacia

Com as mãos e uma pequena broca os detentos fizeram todo o estrago
Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

Com as mãos e uma pequena broca os detentos fizeram todo o estrago
Com as mãos e uma pequena broca os detentos fizeram todo o estrago

Na quarta-feira da semana passada, data em que o delegado Messias Antonio da Rosa assumiu a Delegacia de Araucária, foi constatado que 17 presos estavam cavando um buraco dentro da cela para tentar fugir.

Os presos estariam cavando há cerca de 15 dias através da tubulação do vaso sanitário. De acordo com o delegado, as escavações já tinham aproximadamente três me­tros cúbicos e se a nova equipe de policiais não tivesse agido rapidamente, certamente no dia seguinte os presos conseguiriam fugir.

Na data em que o buraco foi descoberto, o Centro de Operações Policiais Especiais (COPE) foi chamado e foram transferidos oito presos para penitenciárias. Os demais foram retirados da cela para que o buraco fosse concretado.

Um dos objetivos prioritários do delegado Messias é diminuir o número de presos na Delegacia de Araucária. “Temos aqui quatro celas e uma capacidade de no máximo, 20 presos. No entanto, atualmente temos 72 nesta delegacia”, afirmou.

SUPERLOTAÇÃO NAS DELEGACIAS

Sobre a superlotação nas carceragens das delegacias do Estado, a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (SESP) afirma estar ciente do problema. “A cúpula da segurança pública tem trabalhado para zerar o número de presos em delegacias semanalmente. O Comitê de Transferência de Presos (Cotransp), que conta com re­presentantes do Poder Judiciário e do Ministério Público, autoriza a transferência de presos de de­legacias para o sistema prisional. Porém, as vagas só são abertas com a saída de presos e, para isso, é preciso autorização do Poder Judiciário que também é responsável pela realização de mutirões carcerários para rever as formas de cumprimento de penas pelos detentos”, explicou a SESP.

Além disso, a SESP acredita que a solução para o caso de superlotação são as 14 obras de cons­trução e ampliação já iniciadas. Tais obras serão responsáveis pela abertura de aproximadamente sete mil novas vagas nas novas unidades prisionais. “Ressaltamos também a adoção das tornozeleiras eletrônicas para aqueles presos que cometeram crimes de menor potencial ofensivo. Eles são monitorados a partir do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) da Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária. A partir desta alternativa, que foi uma eficiente política de desencarceramento, o número de presos monitorados subiu de 500 no início de 2015 para mais de 3 mil este ano”, finalizou.

Texto: Rafaela Carvalho / Foto: divulgação

Compartilhar
PUBLICIDADE